sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Egipto, para onde vais? - Militares como força moderadora






A 3 de Julho 2013, Mohamed Morsi, presidente egípcio, foi detido e deposto pelo Exército, encontrando-se agora, talvez na mesma prisão onde se encontra o antigo-Presidente Mubarak, deposto em 2011. Morsi foi vítima do golpe de estado e da própria intolerância contra quem não servisse o radicalismo islâmico.

A revolução árabe levou os extremistas ao poder sob uma aparência democrática. Aqueles que pensavam ser possível um estado moderno com islamistas sentem-se agora frustrados. A Irmandade Muçulmana, apoiante de Morsi reagiu com barricadas e com ataques aos cristãos. Estes (5 a 10% da população) favoreciam um Estado mais tolerante. Na constelação política concreta são os militares que oferecem maior possibilidade de tolerância civil. As forças militares são mais abertas ao diálogo, por razões de formação e por interesses pragmáticos e pessoais; estão mais interessados numa economia que funcione. Os militares pensam em termos de identidade nacional enquanto o povo, que se expressa, pensa mais em termos de solidariedade religiosa (Umma).

O Ocidente não está interessado num islamismo extremista e por isso opta pela hipocrisia de, em nome da democracia, aceitar a eliminação dum governo democraticamente eleito pelo povo islamita. Continua a fingir não saber que o islão mais genuíno é dogmaticamente hegemónico, antidemocrático e alérgico a uma sociologia que não seja a maometana. Como doutrina permite a contradição mas apenas dentro dela. Daí a incompatibilidade entre uma democracia de cunho ocidental que inclui o dentro e o fora no seu sistema e um regime islâmico que se afirma contra o que se encontre fora dele. Por isso a Irmandade Muçulmana e outros radicais islâmicos não são contrariados pelos outros irmãos muçulmanos moderados. O inimigo e o mal consideram-se fora dos muros da sociedade islâmica. Culpados são sempre os de fora. O Ocidente, como representante da modernidade, será sempre tido como cúmplice das desordens nas sociedades islâmicas que se encontram, a nível de doutrina, com 500 anos de atraso em relação às sociedades modernas. Em geral, os partidos ditos democráticos, pouco têm a ver com democracia, dado, para eles, democracia consistir em impor os interesses da maioria governante aos outros. Grupos jovens, mais esclarecidos, devido à Internet, constituirão o Cavalo de Troia, que permitirá desenvolver um espírito crítico dentro do islão.

Encontramo-nos perante uma democracia sui generis, dum lado os radicais islâmicos e do outro, uma aliança problemática de forças da segurança, partidos seculares e da média estatal. Muita da população está do lado dos militares; talvez aqueles de espírito mais democrático, o que parece contraditório mas não o é, numa sociedade ambígua e por isso impossível de analisar por categorias democráticas rotineiras. Uma sociedade baseada em princípios hegemónicos e com o monopólio de Deus não cede direito ao adversário. Por outro lado, os militares sabem que nenhum governo está interessado na reforma das unidades paramilitares nem da polícia. Ao aparato de segurança todo-poderoso opõe-se um extremismo religioso todo-poderoso também. Esta situação relativiza qualquer comentário de jornalistas bem-intencionados e desejosos de democracias gratuitas, à margem do medo. Fala-se impropriamente duma sociedade civil que não existe em estados islâmicos. Existe propriamente a força religiosa e a força militar (Por isso os radicais islâmicos combatem consequentemente a organização de instituições policiais e militares coesas nos estados islâmicos). Fala-se de democracia dum estado que só reconhece súbditos e dum povo que só aceita devotos de Alá. Uma sociedade em que a pessoa não vale por si, mas pelo grupo a que pertence ou pela ideologia que professa, aliena a pessoa, fomenta a inveja, não se desenvolve e cria relações de subjugação, de medo e de conflito. O estado moderno baseado nos direitos individuais do cidadão e na sua liberdade tem-se mostrado incompatível com o islão.

A democracia é sublime e pode ser forte mas os interesses religiosos, políticos e militares (económicos) são mais fortes e têm o poder de obstruir qualquer sublimidade. O diálogo pressupõe a cedência mas onde todos se sentem com Alá na cabeça e a razão na barriga não há lugar para o diálogo nem para a diversidade que a natureza perpetua e defende. A razão e as argumentações políticas, quer a nível interno quer a nível externo, servem, muitas vezes, os interesses obtidos à custa do sangue e da opressão dos mais fracos. Em Estados instáveis, o Ocidente está interessado numa atitude de apoio ao mesmo tempo do governo e da oposição para assim se manterem as portas abertas ao negócio no caso de vencerem uns ou outros. Por isso se apoiam os revoltosos e se toleram os opressores independentemente dos interesses dos povos vítimas da violência.

Intervenções e influências directas de fora revelam-se contraproducentes no processo interno de desenvolvimento político e social que precisam de muito tempo de amadurecimento entre as partes em conflito. O islão tem sido uma cultura belicosa e não descansa enquanto, nas regiões onde chega, não vir tudo reduzido a uma monocultura islâmica. Neste sentido trabalhava o presidente Morsi, em nome duma democracia que o levava a considerar o Egipto como espaço reservado apenas para islamitas. A ditadura religiosa e a ditadura militar têm sido as perspectivas das culturas de cariz muçulmano. O problema não vem das pessoas mas do ideário. A ideologia só reconhece um Deus que não deixa espaço para o Homem nem para a diferença. Daí o seu eterno conflito com tudo o que não seja islâmico.

Os apoiantes do presidente deposto apostam nos mártires radicais islâmicos convictos que o sangue de “mártires” é o melhor combustível na propaganda contra o adversário e assegura, ao mesmo tempo, a solidariedade de radicais dentro e fora do país.

Os “mártires “ da escuridão são os arautos do radicalismo.

A emoção, sem o efeito moderador da razão, move as energias escuras. A Irmandade Muçulmana apelou para uma ”sexta-feira de raiva” depois das orações. Quando a religião apela à raiva, o que não farão os raivosos?

A violência interior (a raiva) e a violência externa são expressão consequente da mesma mentalidade e duma filosofia islâmica paradoxa que designa a sua guerra como santa e os assassínios como mártires. Usam cinicamente a palavra mártir, designando como mártir não a vítima da fé mas o assassino que leva consigo outros em nome da sua fé. Dão às energias negativas uma aura de santidade, reduzindo a religião a uma mera estratégia da lei selectiva natural em que o mais forte é que tem razão. O Ocidente esforça-se hipocritamente por um diálogo que a Irmandade Muçulmana e os militares não querem. Condenar a violência exterior sem ter em conta a violência interior (imanente ao sistema) torna-se ingénuo e só serve de desculpa e para adiar a situação. As intervenções do Ocidente no mundo muçulmano revelar-se-ão como erro histórico e prejudicial para o Ocidente. É uma catástrofe o que se passa no Afeganistão, norte de África, Kosovo, etc. No fim só resta povo vítima e cínicos.

O islão, na sua qualidade de religião política, coordena as suas acções a partir das mesquitas nos seus encontros de oração às sextas-feiras. Os fundamentalistas islâmicos são os que se encontram em maior conformidade com o Corão e com a sharia islâmica, como afirmava o mestre islâmico Khomeini. Os Mujahideen (ao serviço da jihad- guerra santa) e os mártires-bomba islâmicos são personalidade de mais-valia na sociedade maometana. O islão encontra-se numa luta cultural dentro das suas fileiras e em disputa com o que não for islâmico. Qatar e Arabia Saudita incentivam economicamente a fundação de califados por todo o mundo.

Uma sociedade munida de ideologia e de armas até aos dentes está interessada na escalação dos conflitos. O golpe militar que queria impedir a ditadura religiosa democrática revela-se também ditador no seu ataque violento contra o acampamento de protesto da Irmandade Muçulmana.

O facto dos militares se apoderarem do poder constitui uma ameaça para outros regimes políticos islâmicos como é o caso da Turquia, Tunísia, etc. Conservadores e extremistas do mundo árabe foram os que mais protestaram contra o golpe de estado. Para países como a Turquia, o país de primeiro-ministro Erdogan, o facto de o Ocidente não ter reagido mais fortemente contra o golpe de estado, constitui uma ameaça dado o Ocidente, no caso de risco, apoiar as forças militares que são mais permeáveis à modernidade pelo facto de constituírem uma casta que usufrui privilegiadamente dos bens terrenos enquanto a maioria dos crentes têm que se contentar com os bens que a fé promete e como não têm nada a perder também só lhes resta defender a própria fé.

Na Alemanha de Hitler as vítimas eram as sinagogas e os judeus, nas sociedades islamistas são as igrejas e os cristãos.

Actualmente só haverá a alternativa de escolha entre peste e cólera, entre ditadura militar e ditadura religiosa; das duas é mais suportável a militar. Esta, apesar de tudo, garante um certo pluralismo, e uma certa defesa das minorias.

Segundo informação da conferência dos bispos alemães, no Egipto nas últimas semanas “foram incendiadas e destruídas mais de 40 igrejas cristãs e instalações eclesiásticas, muitos cristãos foram assassinados e muitas das suas lojas saqueadas. Na Alemanha de Hitler as vítimas eram as sinagogas e os judeus, nas sociedades islamistas são vítimas as igrejas e os cristãos.

A irmandade muçulmana está interessada em provocar os cristãos não só por razões de crença e de fé mas para dar a impressão que há uma luta entre religiões e assim mover islamistas no estrangeiro. Tradicionalmente os cristãos coptas apoiam em parte os partidos seculares. Os militares, porém, não empreendem nada na defesa dos cristãos porque deste modo podem justificar as suas investidas contra islamistas e apregoá-las como “luta contra o terror”. Os ataques dos extremistas muçulmanos aos cristãos tornam-se oportunos para o general Abdel Fattah al-Sissi, que assim legitima a sua violência contra a Irmandade Muçulmana (Movimento revolucionário sunita também activo na Síria e no Líbano que desde 1928 usa da violência para conseguir os seus objectivos no sentido de fortalecer o islão como nação universal (Umma). Em geral, os cristãos são vítimas duma parte da sociedade islâmica radical e da outra parte conivente com a violência.

Segundo declarações oficiais até (19.08.2013) morreram "mais de 800 pessoas".

A ditadura militar será apoiada pelo Ocidente para que a situação se pacifique. A crise não é dos países do norte de África mas do islão. O islão parece não querer sair da era das trevas e em vez de reconhecer os sinais dos tempos endurece ainda mais.


As notícias sobre o mundo árabe estão, por vezes, mais interessadas em transmitir imagens e informações que poupam os revoltosos contra as forças do poder causando no público uma avaliação errada da situação.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Do que não faz falta à nacionalidade, mas que ela usa sem limites


(imagem obtida aqui)


É assim que sintetizaria estas três crónicas de Alberto Gonçalves:


As origens da nacionalidade

Abominar a esquerda não significa conviver com a direita. Sobretudo em Portugal, onde a dita parece vastamente povoada por tontos e tontas capazes de embaraçar um anticomunista primário, que é como convém que os anticomunistas sejam. Recentemente, tivemos as confissões de uma tal Cristina Espírito Santo, a filha de um banqueiro que, segundo declarações ao Expresso, gosta de passar férias na herdade da família porque isso a convence de que está, cito, a "brincar aos pobrezinhos". Por outro lado, há um par de meses, a Sábado revelou que a presidente da Assembleia da República mandou apagar da Wikipédia a referência à profissão do pai (alfaiate). E, em larga medida, é isto a nossa direita: gente orgulhosa do berço dourado e gente envergonhada das origens humildes. No fundo, trata-se de uma contrapartida adequada aos preconceitos da esquerda, que tanto odeia os que nasceram ricos quanto os que se fizeram ricos (o velho derby "fascistas" versus "arrivistas"). E trata-se de um retrato fiel do país que somos.

Nos lugares com alguma tradição liberal, a ascensão é que merece louvores. Nos Estados Unidos, por exemplo, não existe percurso mais grandioso do que o dos presidentes que vieram ao mundo na proverbial (e às vezes algo mitificada) barraca de madeira. Logo a seguir, vêm os empresários que a partir da miséria ou no mínimo de fracas perspectivas constituíram fortuna. A subida na escala social é não só sintoma de liberdade colectiva: a sinceridade dos seus protagonistas é também sintoma de inteligência individual. Afinal, que mérito sobra à criatura que deve exclusivamente a prosperidade aos antepassados? E que discernimento se atribui à que finge a prosperidade dos mesmos? Recentemente, um jornalista indígena alinhavou um longo obituário de uma familiar, que segundo o texto o iniciara nos rudimentos do Antigo Egipto e na história das religiões. Na verdade, a senhora era vendedora de peixe e, ao que sei, praticamente analfabeta. Os portugueses envaidecem-se daquilo para que nada contribuíram e escondem as provas do próprio esforço.

Permitam que um português abra uma excepção. O meu pai formou-se em engenharia electrotécnica e a mãe andou um par de anos num instituto de contabilidade. Daí para trás, desfila uma imensa linhagem de guardas-fiscais, empregados fabris, moleiros, agricultores, donas de casa e, se recuar três gerações, uma pedinte. Os privilégios de que gozo devo-os ao trabalho deles e, se não se importam, um pedacinho ao meu. De qualquer modo, aqui a gratidão - essencial - importa menos do que os factos. E a desesperada incapacidade em lidar com estes exibe um tipo notável de carácter individual, além de um talento colectivo que não engana. Embora queira enganar.


O que faz falta

Lembram-se de Raquel Varela, a personalidade celebrizada numa emissão do Prós e Contras após ter sofrido um banho de economia básica a cargo de um adolescente? Ao que parece, os 15 minutos de fama terminaram, pelo que a senhora regressou à obscuridade do blogue subsidiário do PCP (5dias.wordpress.com) onde desabafa para consolo de cerca de duzentos e trinta devotos. O lado mau é os delírios da dr.ª Raquel estarem limitados a tão poucos. O lado óptimo é os delírios continuarem intactos e impermeáveis à realidade.

Ainda há dias, a dr.ª Raquel amanhou um pequeno texto sobre o que parece constituir o seu assunto de eleição: a juventude. O ponto de partida nem é abstruso de todo, já que a dr.ª Raquel acha os jovens (no caso entre os 16 e os 25 anos) do nosso tempo "incultos, ignorantes", que vegetam "em frente ao computador" e vivem "no estado animal de comer, dormir e ler dois parágrafos no Facebook".

Abstrusa e, convenhamos, hilariante é a alternativa proposta. Uma pessoa normal consideraria que a mocidade actual genericamente carece de um ensino mais exigente, de um módico de autonomia, de noções de responsabilidade, de ambições profissionais, de expectativas adequadas ao mundo contemporâneo e de alguma curiosidade face ao mesmo. A dr.ª Raquel não. Para ela, o que faz falta aos jovens é seguirem o exemplo que a dr.ª Raquel supõe ser o dos respectivos antepassados e provocarem baderna pública. Um só parágrafo representa todo um programa (de humor): "Ser empreendedor era começar por tirarem um curso de memória histórica de organização com os pais, outro de política e cultura com os avós, e virem para a rua e tornar esta política ingovernável."

Quando terminarem de rir, convirá notar que a dr.ª Raquel se esqueceu, talvez deliberadamente, dos jovens cujos progenitores não possuem no currículo a militância comunista ou em grupelhos afins e preferiram menos totalitárias. Mas isso é irrelevante: desde que os restantes saiam de casa aos berros ou decididos a partir o que os rodeia, a dr.ª Raquel ficará realizada e o País resolvido - pelo menos na opinião dela, que se confessa estudiosa dos movimentos sociais.

Trata-se, evidentemente, de um problema de deformação profissional. Se a dr.ª Raquel fosse ornitóloga, incentivaria a juventude a empoleirar-se nos galhos das árvores. Sendo especialista em revoluções, não descansa enquanto não assistir a uma, sobretudo das que derrubam democracias. Esperemos que tenha azar: antes vegetais que criminosos.


Sem limites

A chamada lei da limitação dos mandatos autárquicos, cujo espírito ninguém percebeu ou percebe, é bastante discutível. O resultado não se discute: há poucas democracias tão exóticas quanto a nossa. Basta assistir à quantidade de autarcas que, chegados ao limite de reeleições no seu poiso de longos anos, vão literalmente pregar para outra freguesia ou, para ser exacto, município. Basta notar os escrúpulos com que a classe política se eximiu de produzir um esclarecimento definitivo - ou provisório, vá - sobre o assunto. E basta, por fim, constatar a pluralidade de interpretações que os tribunais dedicam a cada caso, de acordo com a instância, a geografia ou a preferência.

Mas se se fala imenso dos autarcas espertalhões, fala-se estranhamente menos dos autarcas que acumulam a esperteza com a preguiça, leia-se aqueles que não só insistem em recandidatar-se após cumprirem três mandatos consecutivos como insistem em fazê-lo no concelho original. O processo é simples: escolhe-se um verbo de encher (diplomaticamente: um "delfim", ou uma "jovem promessa") que concorra à câmara no lugar do ex-presidente enquanto este desliza para a Assembleia Municipal e manipula daí os cordelinhos. De norte a sul, o arranjinho traduz-se em diversos cartazes, nos quais o retrato do chefe ensombra o do verbo de encher. Sem novidades, o arranjinho também já divide a jurisprudência.

Não falha. Entre nós, as intenções sinceras ou simuladas de democratizar o Estado terminam em estado comatoso. A regionalização, abençoadamente enxotada, abriu o apetite de uma vasta estirpe de caciques. As candidaturas independentes, idealmente destinadas à abertura à "sociedade civil", limitam-se por regra a amparar o refugo partidário. E as limitações dos mandatos deram nisto. Eis o famoso desenrascanço pátrio. A pátria é que assim não se desenrasca.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A BELEZA NA FEIURA DO ISLÃ

 

A misoginia do islã deveria ser coisa tão evidente quanto uma mulher de burca numa praia de nudismo. De fato, a misoginia do islã é tão evidente quanto uma mulher de burca numa praia de nudismo. Mas quando os fatos contrariam as ideologias, as ideologias dispensam os fatos “ideologicamente incorretos”.
 
Uma ideologia, como uma religião, é uma forma seletiva de ilusão, ou uma perda voluntária da lucidez – mecanismo necessário para se crer nas coisas mais inacreditáveis, como virgens parindo deuses em forma humana, depois de inseminadas pelo próprio Criador do Universo. Dito assim, parece o resumo de um enredo de história em quadrinhos, mas é um resumo da teologia cristã. Não vai aqui nenhum anticristianismo particular: as religiões como as ideologias são ecumenicamente equidistantes da lucidez. Isso desloca os consagrados termos do velho antagonismo entre razão e fé. A fé pode utilizar e utiliza instrumentos racionais, ao lado dos irracionais, para se estruturar e defender seus argumentos; mas, sinônimo de crença, ela é verdadeiramente incompatível com a lucidez: mitos religiosos e modelos ideológicos são inverossímeis, ou seja, dessemelhantes à realidade, enquanto a lucidez é a capacidade de separar os fatos das fantasias.
 
Tudo isso para dizer que a misoginia do islã só pode ser desevidenciada por força da falta de lucidez, ou seja, da fantasia e da ilusão. E não me refiro aqui aos muçulmanos (que, aliás, não negam sua misoginia, mas a defendem por inúmeros argumentos, apesar de lhe recusar seu nome), mas aos ocidentais mais ou menos influenciados pela ideologia hoje francamente disseminada do “politicamente correto” – que prefiro chamar do “culturalmente correto”. Não é culturalmente correto reconhecer a misoginia como traço dominante do islã. Portanto, o islã não é predominantemente misógino.
 
O que parece, então, evidentemente misógino no islã deve ser “interpretado”, “circunstancializado”, “relativizado”. O mesmo, obviamente, poderia ser dito de toda forma de preconceito, incluindo o racial e o antissemita. Mas ideologias são seletivas. Hoje, importa “relativizar”, “circunstancializar”, “interpretar” os mais evidentes e evidentemente mais feios traços dominantes do islã, como a misoginia – ao mesmo tempo em que, para garantir a ocupação do campo de debates, tenta-se lançar à lona os resistentes, sob a pecha sem meias medidas da “islamofobia”. Mas se a crítica ao islã é sinônimo automático de “islamofobia” apenas na cabeça apequenada dos “culturalmente corretos”, o islã é larga e profundamente misógino na mais crua realidade dos fatos.
 
É, portanto, natural que a beleza feminina seja incompatível com os “valores islâmicos”. O islã convive melhor com a feiura. Ao se encobrir ou se esconder (dentro das casas) as mulheres, o que se esconde e se encobre é, além da mulher, a possibilidade da beleza feminina.
 
Frequentemente são notificados episódios que desvelam tais fatos, mas eles logo afundam no raso e revolto mar de informações diuturnas. Desta vez, antes que afunde, tento manter um desses inacreditáveis episódios à tona um pouco mais.


VEREADORA É IMPEDIDA DE ASSUMIR CARGO NO IRÃ POR SER 'BONITA DEMAIS'

Uma jovem candidata a vereadora no interior do Irã foi impedida de assumir o cargo por ser "bonita demais", segundo a imprensa local.
Candidata em Qazvin (norte), Nina Siahkali Moradi, 27, obteve 10 mil votos na eleição ocorrida junto com o pleito presidencial, em junho.
O resultado a colocou na 14ª posição num ranking que qualificava os 13 primeiros entre 163 candidatos.
Com a desistência do primeiro colocado, Moradi entrou na lista dos vencedores. Mas conservadores barraram sua ida à prefeitura.
"Seus votos foram anulados por [causa de] suas credenciais", disse Reza Hossaini, do comitê local de monitoramento de eleições.
"Não queremos uma modelo desfilando na prefeitura", disse um clérigo local.
Seus adversários já a haviam acusado de manter um comitê de campanha que atraía comportamentos incompatíveis com valores islâmicos.
Moradi conquistou apoio ao defender direitos da mulher e incentivos culturais.





A falta seletiva de lucidez imposta por toda crença para poder ser mentalmente absorvida por seu seguidor (por exemplo, todo muçulmano acredita que Maomé subiu ao céu montado num burrico mágico), se afeta, digamos, a “visão mental” da realidade, não afeta a visão em si, como este mesmo caso demonstra. Não há como discordar da acuidade visual dessas autoridades islâmicas quanto ao fato de Nina Moradi ser uma mulher bastante bonita (ainda que eu discorde de ela ser "bonita demais"; não por ser bela de menos, mas porque não creio que qualquer beleza possa ser excessiva). Porém minha concordância com tais autoridades começa e termina aí: é impossível palatar uma religião que teme a beleza, ou as pretensões “democráticas” de um regime e de uma ideologia (o islã político) capazes de usar a beleza para impugnar, repugnantemente, uma eleição e uma eleita (sou míope, mas votaria na srta. Moradi de olhos fechados; refiro-me, claro, ao último parágrafo da notícia  em questão).
 


PS. Naturalmente, muito mais séria e muito mais feia é a face do que acontece agora no Egito. Mas se a matança promovida pelo exército não pode ser defendida, a repressão política à Irmandade Muçulmana (que aliás chegou ao poder em aliança com os salafistas, os mais fascistas entre os fascistas islâmicos) não pode ser evitada, ao menos segundo a demanda da população egípcia, que saiu às ruas aos milhões pedindo a deposição do governo Morsi, afinal realizada pelo exército. Entre outras coisas, porque a Irmandade Muçulmana ignora os principais preceitos da democracia, como a defesa das minorias. O fato de Morsi ter sido eleito com 65% dos votos não lhe facultava o direito de tentar implantar um regime de viés totalitarista, impondo à totalidade da sociedade egípcia seus preceitos islamizadores. Por isso ele foi derrubado, não por qualquer antidemocratismo irredimível do exército. Irredimivelmente antidemocrático é o islã político. Na confusão e na estultícia de se tentar reduzir democracia a rito eleitoral, e portanto pretender que qualquer partido, ideologia ou governo é automática e necessariamente democrático por ter conquistado maioria numa dada eleição, pode-se, eventualmente, eleger mesmo alguém chamado Adolf Alois Hitler. Um governo não é democrático porque eleito democraticamente, mas porque, além disso, governa de modo democrático. Nenhum governo islâmico jamais passou por este teste (incluindo o famoso “caso turco”, em que Erdogan apenas foi mais hábil em enganar mais pessoas por mais tempo).  

 
 

domingo, 11 de agosto de 2013

Intellectuals and Society

Algum professor terá coragem para projectar este vídeo, por exemplo, a turmas do secundário? Qual a reacção da "classe"? Qual a reacção dos luminários "intelectuais"? Qual a reacção dos alunos face ao que lhes foi sendo impingido ao longo dos anos?

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

LULA, O IDIOTA MAIOR, E A GRANDE REVOLTA DOS IMBECIS



            Antes que algum idiota hipotético e conotativo pense em me processar por difamação, injúria, calúnia ou qualquer outra fina figura jurídica, esclareço e adianto que a palavra idiota no título e no restante do texto é usada em sua condição denotativa. Nesta, a palavra, derivada diretamente do grego idiotés, significa privado, particular, em oposição a público e a político. Pois no mesmo grego, político, ou melhor, politikós, é o relativo à comunidade, à cidade, mais exatamente, à pólis. O cidadão (habitante da cidade) que a ela se dedica é, portanto, politikós – enquanto aquele que lhe dá as costas para cuidar de seus negócios pessoais, particulares, privados (numa palavra, idiói), é um idiotés.
A conotação de imbecil, burro e/ou cretino, em todos os sentidos destes termos (cretino, por exemplo, é originalmente um termo médico, equivalente a débil mental), que a palavra idiota adquiriu, advém do fato de que, para os gregos, só podia haver vida inteligente no âmbito politikós, em que um homem era posto à prova, ao mesmo tempo, em suas virtudes e em suas capacidades, incluindo iniciativa, coragem, conhecimento, honestidade e discurso político para falar na assembleia dos cidadãos; nada disso era demandado ou testado no cuidar de seus negócios particulares.
Mas Lula é, por profissão, um político. Se é, ao mesmo tempo, um idiota, é um idiota político, ou um político idiota, o que denotativamente é igual. Igual e igualmente contraditório: pois como pode um homem ser ao mesmo tempo dedicado à pólis, à política, à coisa pública, e se dedicar apenas às suas questões pessoais, particulares, e ser assim um idiota? A resposta está na traição da política, na sua inversão ou subversão. Se a política perde sua substância ou natureza de coisa pública, passa a ser idiota sem com isso se tornar contraditória. Pois sua contradição estaria, então, com a própria política em seu sentido original.
Tudo fica mais claro ao se comparar e contrastar com outro par de conceitos, o político e o estadista. Se o político é aquele que se dedica à pólis, o estadista é quem se dedica ao Estado. Mas isto em suas denotações, que, neste caso, esclarecem pouco ou nada face às suas conotações. Começando pelo último, um estadista é o político que deixa de lado seus interesses particulares pelo interesse maior do país. O caso paradigmático notório da política contemporânea é Nelson Mandela. Depois de 27 anos de prisão, foi libertado e alçado à condição de presidente. Mas exerceu apenas um mandato, sequer se candidatando à reeleição. Houve vários motivos, mas o principal e talvez menos conhecido foi o fato de que Mandela afrontou a maioria das demais lideranças do CNA (Congresso Nacional Africano), seu partido e maior partido do país, a fim de barrar o caminho da revanche ou vingança contra a minoria branca, depois do fim do apartheid. Essa tendência era forte o bastante no partido para que Mandela tivesse de usar todo seu cacife político a fim de abortá-la, com isso evitando uma guerra civil e a destruição do país. Mas também garantindo o fim de sua curta e tardia estadia no poder. Ao contrário e à diferença do estadista, o político comum deixa de lado os interesses maiores do país por seus interesses pessoais. Portanto, apesar da aparente contradição, a maioria absoluta dos políticos é idiota. No caso brasileiro, Lula é, então, apenas o mais idiota deles. Ou o maior idiota entre eles.
Depois de vinte anos de oposição, em que Lula e o PT firmaram e afirmaram serem um político e um partido políticos, que queriam chegar ao poder para tirá-lo das mãos dos idiotas, dos grupos de oligarcas que loteavam o Estado em causa própria, para devolver o Estado à cidadania, à cidade, à pólis, o que se viu foi o contrário. Ou seja, a transformação do PT e de Lula em mais um partido e em mais um político idiotas, ocupados e preocupados em seu interesse maior, principal e, no limite, único, seu projeto particular (ou idiota) de poder. Isto é fato notório e indiscutível. Menos notório hoje, pois relativamente esquecido (ainda que igualmente indiscutível), foi o primeiro e principal motivo alegado para tal transformação. Ele pode ser resumido na palavra “governabilidade”, e assim traduzido: as reformas que fariam do Brasil um Estado cidadão, em vez de um Estado ladrão ou idiota, que toma muito de quase todos para dar muito a poucos e muito pouco aos demais, ou seja, as reformas política, fiscal, jurídica e educacional, para começar, não foram então implantadas porque o “sistema político” idiota não o permitiu. Logo, façamos o possível – o que, na prática, se traduziu em não fazer nada para transformar o Estado brasileiro de idiota para político. Mas já que estamos aqui, ao menos usemos o idiota do Estado brasileiro para servir ao nosso próprio grupo de políticos idiotas. Afinal, somos idiotas, mas não imbecis.
Há todavia um porém: Lula e o PT tinham, quando de sua primeira eleição presidencial, um cacife político enorme, que ninguém jamais soube ou saberá se suficiente para afrontar, ao menos em parte, e em que parte, a arraigada idiotia da política nativa. Porque esse afrontamento, em nome das reformas que eram a própria razão histórica e política do PT e de Lula, não foi na verdade tentado. Se não foi tentado, afirmar, como fariam depois Lula e o PT, que era a priori impossível, é retórica, falácia, sofisma ou mentira. O fato insofismável é que Lula e o PT logo se tornaram apenas e simplesmente uma nova parte da velha massa de políticos idiotas, e estamos conversados.
É a idiotia do PT em geral e de Lula em particular que explica a recente revolta da cidadania brasileira contra a idiotia da política nacional. Pois se o partido e o líder que se fizeram historicamente, no período posterior à ditadura militar, como aqueles que repolitizariam essa política, ou a desidiotizariam, não o fizeram, e se além de não o fazerem a reforçaram, tornando-se os mais idiotas da política nativa, ou seja, os mais agarrados ao seu projeto particular de poder, deixava então de existir, em todo o espectro político brasileiro, qualquer opção dirigida a essa repolitização ou a essa desidiotização da política.
Nesse contexto, o papel do mais que idiota governo Dilma, com sua aliança figadal com os maiores idiotas políticos do país, conhecidos como oligarcas ou fisiológicos, agrupados em siglas como o PMDB e atendendo por nomes como José Sarney, Renan Calheiros e Paulo Maluf (apoiador do candidato de Dilma, de Lula e do PT em São Paulo, Fernando Haddad), foi o de confirmar e reconfirmar, depois da radicalmente idiota “era Lula” (cujo grande esforço político seria afinal fazer seu sucessor, a própria Dilma), o completo abandono, pelo PT, do resgate da política pelo combate à idiotia. Com isto confirmado e reconfirmado, não havia mais saída da idiotização da política senão fora da política idiota. O que explica a cidadania tomar as cidades, único caminho restante para retomar o que é da pólis, a política que merece o nome.
Lula, o grande idiota da política brasileira contemporânea, está, portanto, completamente certo quando afirma e reafirma, como vem afirmando e reafirmando, que a recente revolta popular no Brasil se deve aos seus governos. Não, obviamente, para quem não é minimamente estúpido, pelos motivos que alega, ou seja, suas “grandes conquistas”: segundo Lula, o idiota maior da política menor brasileira, que portanto acredita poder enganar a todos todo o tempo, o aumento de consumo “por ele” conquistado seria a causa dessa revolta, pois os perfeitos imbecis dos cidadãos brasileiros, ao perceberem, por obra e graça de Lulinha, o Grande, que podiam consumir, não se contentariam mais em ser tratados, digamos, como perfeitos imbecis pelo Estado idiota brasileiro, como sempre o foram. Ocorre que tais famosas “conquistas” lulopetistas não incluem nenhuma das reformas históricas necessárias para resgatar a política brasileira – pois limitadas, fundamentalmente, a esse famoso aumento de consumo pelos mais despossuídos, sem sequer o incremento da produção e da produtividade, pelo lado econômico, ou da educação, pelo lado da cidadania. E sem falar do exercício podre do poder. Cuja podridão se espalha, afinal, por todo o país, envolvendo desde a infraestrutura física (daí a famosa “[i]mobilidade urbana” tornar-se um problema intratável) até a superestrutura moral (daí o país ser o infame recordista planetário de mortes por assassinato). O Brasil é, enfim, um país apodrecido (podre o poder, podre a educação pública, podre a saúde pública, podre a segurança pública, podre tudo o que é público), liderado por idiotas e habitado por imbecis. Até ontem.
De fato, a recente revolta popular no Brasil se deve diretamente aos governos da “era Lula”, incluindo o de sua sucessora, seguidora e títere: mas apenas porque tais governos foram a maior e a mais evidente traição histórica recente à promessa jamais resgatada, por nossa superidiota classe política, de politizar a política brasileira. Isto será então necessariamente feito, não importa como, pelos ex-imbecis, afinal desimbecilizados pela insuportável demora dos inquilinos do poder em se desidiotizar.
 
 

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Interrogações - 1


(imagem obtida aqui)


Tenho andado ausente por motivos relacionados com trabalhos que tenho em mão e prevejo continuar assim durante mais algum tempo. Mas continuo atento ao que se passa no país, que considero catastrófico para todos nós, mesmo para aqueles que julgam lucrar com a balbúrdia que estabelecem. E como não tenho, de momento, possibilidade de espalhar à net o que me vai na mente e na ialma, limitar-me-ei, para já, a ir deixando por aqui algumas interrogações. Eis a de hoje:

Porque será que apenas os ministros, suas equipas, e pessoas de confiança de Passos Coelho são sistematicamente atacados, vilipendiados ou ridicularizados por todos (oposição e baronatos dos partidos do governo) enquanto os de Paulo Portas e os pertencentes à velha guarda do PSD passaram  - até agora... -  incólumes ou quase?

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Aquecimento global e os inventores de realimentação positiva

Via Espectador Interessado:

Dos defensores do "natural"

No Brasil, a reserva índia que retirou trabalho aos índios expulsando a generalidade deles e condenando todos a vegetar dependentes de subsídios estatais. Entretanto, fazendas produtivas e empregadoras desapareceram dando lugar ao nada.

Não consta que os esquerdalhos legisladores sob inspiração do ar-condicionado tenham para lá ido exercitar o modo de vida que defendem.


domingo, 4 de agosto de 2013

Programação na escola

Para além de haver interesse em que crianças aprendam a usar um computador (para tarefas realmente úteis e não como ferramenta de contentamento ou para contorno de esforço mental), interessa que aprendam a fazer alguma programação. É de programadores que nasce o desenvolvimento, seja com ferramentas que produzem código pré-digerido seja escrevendo código de baixo nível.

A indústria está geralmente dependente de sistemas de controlo muito pequenos em que microcontroladores são programados em linguagem de substancial baixo* nível.

*Linguagens de baixo nível não são coisa para tótós.


sábado, 3 de agosto de 2013

Divulgação





Exposição de Pintura de Pedro Olaio (filho)

Abertura: Sábado, 03 de Agosto, às 16h00, na Quinta Outeiro da Luz, Chaque, Branca - Albergaria-a-Velha

Laudator: Professora Doutora Isabel Faria

Momento musical: Fado de Coimbra por Pedro Olayo (filho)


Referências biográficas:

Pedro Olayo nasceu a 2 de Setembro de 1930, em Coimbra, onde sempre viveu. Aprendeu a arte com os mestres José Contente e Edmundo Tavares. Viajou e estudou pela Europa do Sul, sobretudo em Madrid e Paris. Acabou por escolher Itália para a graduação, licenciando-se em Belas Artes, pela Academia Araldica Internacionale Il Marzocco, em Florença.

É, acima de tudo, um espatulista, mas também trabalha a aguarela como poucos. A sua primeira exposição foi em 1951, na saudosa na Galeria de “O Primeiro de Janeiro”, na Rua Ferreira Borges. Esteve na fundação do futuro Círculo de Artes Plásticas. Expôs um pouco por todo o mundo. Está representado em inúmeras colecções.

Está representado nos Museus Machado de Castro (Coimbra), Museu Regional da Guarda, Museu da Marinha, Casa Museu Maria da Fontinha (Castro Daire), Fundação Dionísio Pinheiro (Águeda), Museu Municipal de Santos Rocha (Figueira da Foz), Museu de Arte Moderna e em museus de Copenhaga, Estocolmo, Amesterdão, Barcelona, Madrid, Málaga, Leon, Haia, Londres, Paris, Lyon, Marselha, e Luxemburgo e ainda no Bristol Community College Arts Center de Mass (Estados Unidos da América).

Foi premiado na Exposição de Artes Plásticas na Universidade de Filadélfia, bem como na Venezuela, México, Argentina, Brasil e Japão. Está representado nas colecções particulares da Rainha Isabel II de Inglaterra e de Hassan II, de Marrocos.
É uma honra e um privilégio receber Pedro Olayo (Filho), um dos mais talentosos pintores portugueses ou dos mais consagrados da ambiência ibérica.


Horário da Exposição:


Sábados – das 09h00 às 12h00; Domingos – das 15h00 às 18h00; Quartas – das 18h00 às 20h00; ou por marcação 963994458 / 960389076