segunda-feira, 26 de maio de 2014

Das estufas da proclamação

Nem os fascistas cripto-comunas da CGTPCP nem os do BE têm ainda uma posição-marabunta oficial para aplicar em blogs e Facebook? Ainda estarão a pensar se é apropriado ou contraproducente chamar à "nova ordem europeia" tudo aquilo que eles próprios são?

E as zenitais Edite Estrela e Ana Gomes, ainda não proclamaram a ressurreição do Maio de 68 na França dos luminescentes desígnios?

sábado, 24 de maio de 2014

Da "europa" do social .... fascismo

Do ponto de vista da liberdade (ou falta dela) de se exercer uma profissão ou uma actividade, o regime "europeu" é fascista e Portugal não escapa. O regime é fascista e este fascismo é uma "conquista" dos socialistas com envergonhado protesto da direita.

Existe uma figura chamada via pública. A via pública é usável por todos, todos são dela guardiões cabendo ao estado, por cobrar impostos para esse fim, cuidar dela especialmente. A via pública tem vindo a ser paulatinamente estatizada, passando a ser um recurso do estado cobrável ao cidadão.

Soube recentemente que um caramelo foi multado pela Câmara Municipal de Lisboa por estar a tocar guitarra na via pública. Não era um problema de ruído, não era um problema de estar a estorvar ou a atrapalhar alguém, era um problema de taxas. Não tinha pago a devida taxa de ocupação de espaço.

Voltando às profissões em geral, a GNR pergunta hoje, paulatinamente, onde estão as guias de circulação ou as facturas de um saco de ração para coelhos que seja transportado num carro particular de quem tenha uma coelheira*. É, evidentemente, uma intromissão de um estado fascista na vida de cada um e, neste caso, a GNR é a ferramenta de aplicação do ideal fascista.

O curioso é que o esquerdalho gosta de referir frequentemente que no tempo de Salazar, para se ter isqueiro era preciso ter-se uma licença. Pois, a esse respeito, o estado fascista de hoje ultrapassa por uma montanha o fascismo de Salazar.

Para quando a aplicação de impostos directos sobre a actividade de um particular que resolve cuidar do seu jardim? Fácil será "argumentar" que ele está a fugir de pagar os impostos que um jardineiro contratado teria que pagar. Quando faltará para se ter que trazer constantemente as facturas de compra do vestuário que se usa?

Para quando a proibição de troca de sementes entre pessoas que cultivam abóboras? Para quando? Essa já está na legislação.

Para quando a cobrança de taxas por se estar a conversar na via pública? Ou ... a pensar na via pública. Virá esse acto de conversar ou pensar na via pública poder a ser "indiciado" como crime de actividade económica por ser exercida ao arrepio de impostos?

Já não chega controlar-se todo o transporte de sacos de ração, desde a fábrica até ao lojista, será também necessário "provar-se" que o que o lojista comprou e vendeu, cobrando e pagando impostos, será utilizado para se alimentar galináceos, cujos ovos ... comidos pelo dono dos galináceos, terão que ser objecto de estatística susceptível da aplicação de impostos por poder ser coisa encarável como manobra para fuga ao pagamento dos impostos que o estado arrecadaria se os ovos fossem comprados no supermercado?

O marxismo está hoje a ser implementado por uma simbiose entre cozedura lenta de sapos e implementação de medidas fascistas. O estado em tudo manda, em particulares ou empresas, até que tudo fique abafado ao ponto de se tornar "necessário" que o estado actue ainda mais directamente em tudo. Toda a actividade é regulada e controlada pelo estado, estando a chegar-se ao ponto em que trabalhar-se ou não é irrelevante, por se ficar com exactamente o mesmo: a assistência "propiciada" pelo estado galopantemente falido.

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* No caso em questão, a pessoa referiu que já tinha comprado antes o saco, que por já não precisar dele o ia oferecer a um familiar, mas que o familiar não estava em casa. A GNR torceu o nariz, mas comeu. Havia facturas, mas a intromissão fascista era tão evidente que houve que usar uma apropriada técnica.

sábado, 10 de maio de 2014

ELES QUE FALEM COM AS FORMIGAS!


Nicolau Saião, Monstrinhos lusitanos

Por um abstencionismo criativo

Segundo a tese de Alain Lancelot,  professor catedrático de Sociologia no Colégio de França, normalmente os abstencionistas exercem quase sempre papéis sociais subordinados, são indivíduos mal integrados, correndo-se com eles o risco de as eleições se transformares num debate entre privilegiados. O abstencionismo é, assim, a não participação no sufrágio ou em actividades políticas, equivalendo a apatia ou indiferença.




Normalmente… Quase sempre…

Mas pode não ser assim…

Nos Estados Unidos, na Grécia, na Suécia, no Reino Unido, etc., cresce cada vez mais um movimento espontâneo, consciente, a que chamaremos Abstencionismo Criativo.
As pessoas, os cidadãos, cada vez percebem melhor que são, de facto, desenquadrados, desintegrados, desprezados pelo sistema de castas políticas, verdadeiros malandrins sociais, que ocuparam os cinzentos corredores da actividade governativa ou de poder.


Em suma, o poder está a fazer, e por vezes descaradamente, de nós todos pessoas e cidadãos supranumerários.



A melhor forma de lhes mostrarmos o nosso repúdio e oposição é deixarmos de lhes ligar meia. Não como objectos de análise do professor francês, mas como cidadãos conscientes e que se respeitam. Que é isso de fazerem pouco de nós, de nos prejudicarem a cada passo? Com as suas mentiras ou, dito de forma politicamente correcta (risos), inverdades?


Como somos pessoas dignas, mandemo-los à fava, deixemo-los a falar com as formigas.

Mostremos que somos possuidores de espinha dorsal e não meros bonecos que eles manipulam a seu bel-prazer.


Não votemos. Deixemo-los o mais possível sós e mergulhados nos seus sujos joguinhos de interesse. Mandemo-los bugiar.
Vamos à praia, vamos até ao campo, vamos passar umas belas horinhas com a amada e vice-versa, vamos ao museu ou a uma biblioteca – caso os encerrem, fiquemos em casa a ouvir Cimarosa, Mozart, Schubert, o Ennio Morricone…

Gustave Courbet, A origem do mundo

A pouco e pouco, crescendo o nosso desprezo por eles, crescerá também o justo ressalto, numa cidadania atenta, exigente, que não vai mais em cantigas de vigarista encartados.

Pratiquemos um Abstencionismo Criativo!

Nicolau Saião, Representante Europeu


Nicolau Saião / Manuel Caldeira
(Portalegre / Londres)

Nota – Os autores deste texto não seguem os preceitos do chamado Acordo Ortográfico. Em escrita ou mesmo a falar…