domingo, 25 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Egipto, para onde vais? - Militares como força moderadora
É o título deste texto enviado por António Justo:
A 3 de Julho 2013, Mohamed
Morsi, presidente egípcio, foi detido e deposto pelo Exército, encontrando-se
agora, talvez na mesma prisão onde se encontra o antigo-Presidente Mubarak,
deposto em 2011. Morsi foi vítima do golpe de estado e da própria intolerância
contra quem não servisse o radicalismo islâmico.
A revolução árabe levou os
extremistas ao poder sob uma aparência democrática. Aqueles que pensavam ser
possível um estado moderno com islamistas sentem-se agora frustrados. A
Irmandade Muçulmana, apoiante de Morsi reagiu com barricadas e com ataques aos
cristãos. Estes (5 a 10% da população) favoreciam um Estado mais tolerante. Na
constelação política concreta são os militares que oferecem maior possibilidade
de tolerância civil. As forças militares são mais abertas ao diálogo, por
razões de formação e por interesses pragmáticos e pessoais; estão mais
interessados numa economia que funcione. Os militares pensam em termos de
identidade nacional enquanto o povo, que se expressa, pensa mais em termos de
solidariedade religiosa (Umma).
O Ocidente não está
interessado num islamismo extremista e por isso opta pela hipocrisia de,
em nome da democracia, aceitar a eliminação dum governo democraticamente eleito
pelo povo islamita. Continua a fingir não saber que o islão mais genuíno é
dogmaticamente hegemónico, antidemocrático e alérgico a uma sociologia que não
seja a maometana. Como doutrina permite a contradição mas apenas dentro dela.
Daí a incompatibilidade entre uma democracia de cunho ocidental que inclui o
dentro e o fora no seu sistema e um regime islâmico que se afirma contra o que
se encontre fora dele. Por isso a Irmandade Muçulmana e outros radicais
islâmicos não são contrariados pelos outros irmãos muçulmanos moderados. O
inimigo e o mal consideram-se fora dos muros da sociedade islâmica. Culpados
são sempre os de fora. O Ocidente, como representante da modernidade, será
sempre tido como cúmplice das desordens nas sociedades islâmicas que se
encontram, a nível de doutrina, com 500 anos de atraso em relação às sociedades
modernas. Em geral, os partidos ditos democráticos, pouco têm a ver com
democracia, dado, para eles, democracia consistir em impor os interesses da
maioria governante aos outros. Grupos jovens, mais esclarecidos, devido à
Internet, constituirão o Cavalo de Troia, que permitirá desenvolver um espírito
crítico dentro do islão.
Encontramo-nos perante uma
democracia sui generis, dum lado os radicais islâmicos e do outro, uma aliança
problemática de forças da segurança, partidos seculares e da média estatal.
Muita da população está do lado dos militares; talvez aqueles de espírito mais
democrático, o que parece contraditório mas não o é, numa sociedade ambígua e
por isso impossível de analisar por categorias democráticas rotineiras. Uma
sociedade baseada em princípios hegemónicos e com o monopólio de Deus não cede
direito ao adversário. Por outro lado, os militares sabem que nenhum governo
está interessado na reforma das unidades paramilitares nem da polícia. Ao
aparato de segurança todo-poderoso opõe-se um extremismo religioso
todo-poderoso também. Esta situação relativiza qualquer comentário de
jornalistas bem-intencionados e desejosos de democracias gratuitas, à margem do
medo. Fala-se impropriamente duma sociedade civil que não existe em estados
islâmicos. Existe propriamente a força religiosa e a força militar (Por
isso os radicais islâmicos combatem consequentemente a organização de
instituições policiais e militares coesas nos estados islâmicos). Fala-se de
democracia dum estado que só reconhece súbditos e dum povo que só aceita
devotos de Alá. Uma sociedade em que a pessoa não vale por si, mas pelo grupo a
que pertence ou pela ideologia que professa, aliena a pessoa, fomenta a inveja,
não se desenvolve e cria relações de subjugação, de medo e de conflito. O
estado moderno baseado nos direitos individuais do cidadão e na sua liberdade
tem-se mostrado incompatível com o islão.
A democracia é sublime e
pode ser forte mas os interesses religiosos, políticos e militares (económicos)
são mais fortes e têm o poder de obstruir qualquer sublimidade. O diálogo
pressupõe a cedência mas onde todos se sentem com Alá na cabeça e a razão na barriga
não há lugar para o diálogo nem para a diversidade que a natureza perpetua e
defende. A razão e as argumentações políticas, quer a nível interno quer a
nível externo, servem, muitas vezes, os interesses obtidos à custa do sangue e
da opressão dos mais fracos. Em Estados instáveis, o Ocidente está
interessado numa atitude de apoio ao mesmo tempo do governo e da oposição para
assim se manterem as portas abertas ao negócio no caso de vencerem uns ou
outros. Por isso se apoiam os revoltosos e se toleram os opressores
independentemente dos interesses dos povos vítimas da violência.
Intervenções e influências
directas de fora revelam-se contraproducentes no processo interno de
desenvolvimento político e social que precisam de muito tempo de amadurecimento
entre as partes em conflito. O islão tem sido uma cultura belicosa e não
descansa enquanto, nas regiões onde chega, não vir tudo reduzido a uma
monocultura islâmica. Neste sentido trabalhava o presidente Morsi, em nome duma
democracia que o levava a considerar o Egipto como espaço reservado apenas para
islamitas. A ditadura religiosa e a ditadura militar têm sido as perspectivas
das culturas de cariz muçulmano. O problema não vem das pessoas mas do ideário.
A ideologia só reconhece um Deus que não deixa espaço para o Homem nem para a
diferença. Daí o seu eterno conflito com tudo o que não seja islâmico.
Os apoiantes do presidente
deposto apostam nos mártires radicais islâmicos convictos que o sangue de
“mártires” é o melhor combustível na propaganda contra o adversário e assegura,
ao mesmo tempo, a solidariedade de radicais dentro e fora do país.
Os “mártires “ da
escuridão são os arautos do radicalismo.
A emoção, sem o efeito
moderador da razão, move as energias escuras. A Irmandade Muçulmana apelou para
uma ”sexta-feira de raiva” depois das orações. Quando a religião apela à
raiva, o que não farão os raivosos?
A violência interior (a
raiva) e a violência externa são expressão consequente da mesma mentalidade e
duma filosofia islâmica paradoxa que designa a sua guerra como santa e os
assassínios como mártires. Usam cinicamente a palavra mártir, designando
como mártir não a vítima da fé mas o assassino que leva consigo outros em nome
da sua fé. Dão às energias negativas uma aura de santidade, reduzindo a religião
a uma mera estratégia da lei selectiva natural em que o mais forte é que tem
razão. O Ocidente esforça-se hipocritamente por um diálogo que a Irmandade
Muçulmana e os militares não querem. Condenar a violência exterior sem ter em
conta a violência interior (imanente ao sistema) torna-se ingénuo e só serve de
desculpa e para adiar a situação. As intervenções do Ocidente no mundo
muçulmano revelar-se-ão como erro histórico e prejudicial para o Ocidente. É
uma catástrofe o que se passa no Afeganistão, norte de África, Kosovo, etc. No
fim só resta povo vítima e cínicos.
O islão, na sua qualidade
de religião política, coordena as suas acções a partir das mesquitas nos seus
encontros de oração às sextas-feiras. Os fundamentalistas islâmicos são os que
se encontram em maior conformidade com o Corão e com a sharia islâmica, como
afirmava o mestre islâmico Khomeini. Os Mujahideen (ao serviço da jihad- guerra
santa) e os mártires-bomba islâmicos são personalidade de mais-valia na
sociedade maometana. O islão encontra-se numa luta cultural dentro das suas
fileiras e em disputa com o que não for islâmico. Qatar e Arabia Saudita
incentivam economicamente a fundação de califados por todo o mundo.
Uma sociedade munida de
ideologia e de armas até aos dentes está interessada na escalação dos
conflitos. O golpe militar que queria impedir a ditadura religiosa democrática
revela-se também ditador no seu ataque violento contra o acampamento de
protesto da Irmandade Muçulmana.
O facto dos militares se
apoderarem do poder constitui uma ameaça para outros regimes políticos
islâmicos como é o caso da Turquia, Tunísia, etc. Conservadores e extremistas
do mundo árabe foram os que mais protestaram contra o golpe de estado. Para
países como a Turquia, o país de primeiro-ministro Erdogan, o facto de o
Ocidente não ter reagido mais fortemente contra o golpe de estado, constitui
uma ameaça dado o Ocidente, no caso de risco, apoiar as forças militares que
são mais permeáveis à modernidade pelo facto de constituírem uma casta que
usufrui privilegiadamente dos bens terrenos enquanto a maioria dos crentes têm
que se contentar com os bens que a fé promete e como não têm nada a perder
também só lhes resta defender a própria fé.
Na Alemanha de Hitler
as vítimas eram as sinagogas e os judeus, nas sociedades islamistas são as
igrejas e os cristãos.
Actualmente só haverá a
alternativa de escolha entre peste e cólera, entre ditadura militar e ditadura
religiosa; das duas é mais suportável a militar. Esta, apesar de tudo, garante
um certo pluralismo, e uma certa defesa das minorias.
Segundo informação da
conferência dos bispos alemães, no Egipto nas últimas semanas “foram
incendiadas e destruídas mais de 40 igrejas cristãs e instalações
eclesiásticas, muitos cristãos foram assassinados e muitas das suas lojas
saqueadas. Na Alemanha de Hitler as vítimas eram as sinagogas e os judeus, nas
sociedades islamistas são vítimas as igrejas e os cristãos.
A irmandade muçulmana está
interessada em provocar os cristãos não só por razões de crença e de fé mas
para dar a impressão que há uma luta entre religiões e assim mover islamistas
no estrangeiro. Tradicionalmente os cristãos coptas apoiam em parte os partidos
seculares. Os militares, porém, não empreendem nada na defesa dos cristãos
porque deste modo podem justificar as suas investidas contra islamistas e
apregoá-las como “luta contra o terror”. Os ataques dos extremistas muçulmanos
aos cristãos tornam-se oportunos para o general Abdel Fattah al-Sissi, que
assim legitima a sua violência contra a Irmandade Muçulmana (Movimento
revolucionário sunita também activo na Síria e no Líbano que desde 1928 usa da
violência para conseguir os seus objectivos no sentido de fortalecer o islão
como nação universal (Umma). Em geral, os cristãos são vítimas duma parte da
sociedade islâmica radical e da outra parte conivente com a violência.
Segundo declarações
oficiais até (19.08.2013) morreram "mais de 800 pessoas".
A ditadura militar será
apoiada pelo Ocidente para que a situação se pacifique. A crise não é dos
países do norte de África mas do islão. O islão parece não querer sair da era
das trevas e em vez de reconhecer os sinais dos tempos endurece ainda mais.
As notícias sobre o mundo
árabe estão, por vezes, mais interessadas em transmitir imagens e informações
que poupam os revoltosos contra as forças do poder causando no público uma
avaliação errada da situação.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Do que não faz falta à nacionalidade, mas que ela usa sem limites
(imagem obtida aqui)
É assim que sintetizaria estas três crónicas de Alberto Gonçalves:
As origens da nacionalidade
Abominar
a esquerda não significa conviver com a direita. Sobretudo em Portugal, onde a
dita parece vastamente povoada por tontos e tontas capazes de embaraçar um
anticomunista primário, que é como convém que os anticomunistas sejam.
Recentemente, tivemos as confissões de uma tal Cristina Espírito Santo, a filha
de um banqueiro que, segundo declarações ao Expresso, gosta de passar férias na
herdade da família porque isso a convence de que está, cito, a "brincar
aos pobrezinhos". Por outro lado, há um par de meses, a Sábado revelou que
a presidente da Assembleia da República mandou apagar da Wikipédia a referência
à profissão do pai (alfaiate). E, em larga medida, é isto a nossa direita:
gente orgulhosa do berço dourado e gente envergonhada das origens humildes. No
fundo, trata-se de uma contrapartida adequada aos preconceitos da esquerda, que
tanto odeia os que nasceram ricos quanto os que se fizeram ricos (o velho derby
"fascistas" versus "arrivistas"). E trata-se de um retrato
fiel do país que somos.
Nos
lugares com alguma tradição liberal, a ascensão é que merece louvores. Nos
Estados Unidos, por exemplo, não existe percurso mais grandioso do que o dos
presidentes que vieram ao mundo na proverbial (e às vezes algo mitificada)
barraca de madeira. Logo a seguir, vêm os empresários que a partir da miséria
ou no mínimo de fracas perspectivas constituíram fortuna. A subida na escala
social é não só sintoma de liberdade colectiva: a sinceridade dos seus
protagonistas é também sintoma de inteligência individual. Afinal, que mérito
sobra à criatura que deve exclusivamente a prosperidade aos antepassados? E que
discernimento se atribui à que finge a prosperidade dos mesmos? Recentemente,
um jornalista indígena alinhavou um longo obituário de uma familiar, que segundo
o texto o iniciara nos rudimentos do Antigo Egipto e na história das religiões.
Na verdade, a senhora era vendedora de peixe e, ao que sei, praticamente
analfabeta. Os portugueses envaidecem-se daquilo para que nada contribuíram e
escondem as provas do próprio esforço.
Permitam
que um português abra uma excepção. O meu pai formou-se em engenharia
electrotécnica e a mãe andou um par de anos num instituto de contabilidade. Daí
para trás, desfila uma imensa linhagem de guardas-fiscais, empregados fabris,
moleiros, agricultores, donas de casa e, se recuar três gerações, uma pedinte.
Os privilégios de que gozo devo-os ao trabalho deles e, se não se importam, um
pedacinho ao meu. De qualquer modo, aqui a gratidão - essencial - importa menos
do que os factos. E a desesperada incapacidade em lidar com estes exibe um tipo
notável de carácter individual, além de um talento colectivo que não engana.
Embora queira enganar.
O que faz falta
Lembram-se
de Raquel Varela, a personalidade celebrizada numa emissão do Prós e Contras
após ter sofrido um banho de economia básica a cargo de um adolescente? Ao que
parece, os 15 minutos de fama terminaram, pelo que a senhora regressou à
obscuridade do blogue subsidiário do PCP (5dias.wordpress.com) onde desabafa
para consolo de cerca de duzentos e trinta devotos. O lado mau é os delírios da
dr.ª Raquel estarem limitados a tão poucos. O lado óptimo é os delírios
continuarem intactos e impermeáveis à realidade.
Ainda há
dias, a dr.ª Raquel amanhou um pequeno texto sobre o que parece constituir o
seu assunto de eleição: a juventude. O ponto de partida nem é abstruso de todo,
já que a dr.ª Raquel acha os jovens (no caso entre os 16 e os 25 anos) do nosso
tempo "incultos, ignorantes", que vegetam "em frente ao
computador" e vivem "no estado animal de comer, dormir e ler dois
parágrafos no Facebook".
Abstrusa
e, convenhamos, hilariante é a alternativa proposta. Uma pessoa normal
consideraria que a mocidade actual genericamente carece de um ensino mais
exigente, de um módico de autonomia, de noções de responsabilidade, de ambições
profissionais, de expectativas adequadas ao mundo contemporâneo e de alguma
curiosidade face ao mesmo. A dr.ª Raquel não. Para ela, o que faz falta aos
jovens é seguirem o exemplo que a dr.ª Raquel supõe ser o dos respectivos
antepassados e provocarem baderna pública. Um só parágrafo representa todo um
programa (de humor): "Ser empreendedor era começar por tirarem um curso de
memória histórica de organização com os pais, outro de política e cultura com
os avós, e virem para a rua e tornar esta política ingovernável."
Quando
terminarem de rir, convirá notar que a dr.ª Raquel se esqueceu, talvez
deliberadamente, dos jovens cujos progenitores não possuem no currículo a
militância comunista ou em grupelhos afins e preferiram menos totalitárias. Mas
isso é irrelevante: desde que os restantes saiam de casa aos berros ou
decididos a partir o que os rodeia, a dr.ª Raquel ficará realizada e o País resolvido
- pelo menos na opinião dela, que se confessa estudiosa dos movimentos sociais.
Trata-se,
evidentemente, de um problema de deformação profissional. Se a dr.ª Raquel
fosse ornitóloga, incentivaria a juventude a empoleirar-se nos galhos das
árvores. Sendo especialista em revoluções, não descansa enquanto não assistir a
uma, sobretudo das que derrubam democracias. Esperemos que tenha azar: antes
vegetais que criminosos.
Sem limites
A chamada
lei da limitação dos mandatos autárquicos, cujo espírito ninguém percebeu ou
percebe, é bastante discutível. O resultado não se discute: há poucas
democracias tão exóticas quanto a nossa. Basta assistir à quantidade de
autarcas que, chegados ao limite de reeleições no seu poiso de longos anos, vão
literalmente pregar para outra freguesia ou, para ser exacto, município. Basta
notar os escrúpulos com que a classe política se eximiu de produzir um
esclarecimento definitivo - ou provisório, vá - sobre o assunto. E basta, por
fim, constatar a pluralidade de interpretações que os tribunais dedicam a cada
caso, de acordo com a instância, a geografia ou a preferência.
Mas se se
fala imenso dos autarcas espertalhões, fala-se estranhamente menos dos autarcas
que acumulam a esperteza com a preguiça, leia-se aqueles que não só insistem em
recandidatar-se após cumprirem três mandatos consecutivos como insistem em
fazê-lo no concelho original. O processo é simples: escolhe-se um verbo de
encher (diplomaticamente: um "delfim", ou uma "jovem
promessa") que concorra à câmara no lugar do ex-presidente enquanto este
desliza para a Assembleia Municipal e manipula daí os cordelinhos. De norte a
sul, o arranjinho traduz-se em diversos cartazes, nos quais o retrato do chefe
ensombra o do verbo de encher. Sem novidades, o arranjinho também já divide a
jurisprudência.
Não
falha. Entre nós, as intenções sinceras ou simuladas de democratizar o Estado
terminam em estado comatoso. A regionalização, abençoadamente enxotada, abriu o
apetite de uma vasta estirpe de caciques. As candidaturas independentes,
idealmente destinadas à abertura à "sociedade civil", limitam-se por
regra a amparar o refugo partidário. E as limitações dos mandatos deram nisto.
Eis o famoso desenrascanço pátrio. A pátria é que assim não se desenrasca.
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
A BELEZA NA FEIURA DO ISLÃ
A misoginia do islã deveria ser coisa
tão evidente quanto uma mulher de burca numa praia de nudismo. De fato, a
misoginia do islã é tão evidente quanto uma mulher de burca numa praia de
nudismo. Mas quando os fatos contrariam as ideologias, as ideologias dispensam
os fatos “ideologicamente incorretos”.
Uma ideologia, como uma religião, é
uma forma seletiva de ilusão, ou uma perda voluntária da lucidez – mecanismo
necessário para se crer nas coisas mais inacreditáveis, como virgens parindo
deuses em forma humana, depois de inseminadas pelo próprio Criador do Universo.
Dito assim, parece o resumo de um enredo de história em quadrinhos, mas é um
resumo da teologia cristã. Não vai aqui nenhum anticristianismo particular: as
religiões – como as ideologias – são ecumenicamente equidistantes da lucidez. Isso desloca os consagrados
termos do velho antagonismo entre razão e fé. A fé pode utilizar e utiliza
instrumentos racionais, ao lado dos irracionais, para se estruturar e defender
seus argumentos; mas, sinônimo de crença, ela é verdadeiramente incompatível
com a lucidez: mitos religiosos e modelos ideológicos são inverossímeis, ou
seja, dessemelhantes à realidade, enquanto a lucidez é a capacidade de
separar os fatos das fantasias.
Tudo isso para dizer que a misoginia
do islã só pode ser desevidenciada por força da falta de lucidez, ou seja, da
fantasia e da ilusão. E não me refiro aqui aos muçulmanos (que, aliás, não negam sua
misoginia, mas a defendem por inúmeros argumentos, apesar de lhe recusar seu
nome), mas aos ocidentais mais ou menos influenciados pela ideologia hoje
francamente disseminada do “politicamente correto” – que prefiro chamar do “culturalmente
correto”. Não é culturalmente correto reconhecer a misoginia como traço
dominante do islã. Portanto, o islã não é predominantemente misógino.
O que
parece, então, evidentemente misógino no islã deve ser “interpretado”, “circunstancializado”,
“relativizado”. O mesmo, obviamente, poderia ser dito de toda forma de preconceito,
incluindo o racial e o antissemita. Mas ideologias são seletivas. Hoje, importa
“relativizar”, “circunstancializar”, “interpretar” os mais evidentes e
evidentemente mais feios traços dominantes do islã, como a misoginia – ao mesmo
tempo em que, para garantir a ocupação do campo de debates, tenta-se lançar à lona os resistentes, sob a pecha sem meias medidas da “islamofobia”.
Mas se a crítica ao islã é sinônimo automático de “islamofobia” apenas na cabeça
apequenada dos “culturalmente corretos”, o islã é larga e profundamente misógino na
mais crua realidade dos fatos.
É, portanto, natural que a beleza
feminina seja incompatível com os “valores islâmicos”. O islã convive melhor
com a feiura. Ao se encobrir ou se esconder (dentro das casas) as
mulheres, o que se esconde e se encobre é, além da mulher, a possibilidade da
beleza feminina.
Frequentemente são notificados
episódios que desvelam tais fatos, mas eles logo afundam no raso e revolto mar
de informações diuturnas. Desta vez, antes que afunde, tento manter um desses
inacreditáveis episódios à tona um pouco mais.
VEREADORA É IMPEDIDA DE ASSUMIR CARGO NO IRÃ POR SER 'BONITA DEMAIS'
Uma jovem candidata a vereadora
no interior do Irã foi impedida de assumir o cargo por ser "bonita
demais", segundo a imprensa local.
Candidata em Qazvin (norte), Nina
Siahkali Moradi, 27, obteve 10 mil votos na eleição ocorrida junto com o pleito
presidencial, em junho.
O resultado a colocou na 14ª
posição num ranking que qualificava os 13 primeiros entre 163 candidatos.
Com a desistência do primeiro
colocado, Moradi entrou na lista dos vencedores. Mas conservadores barraram sua
ida à prefeitura.
"Seus votos foram anulados
por [causa de] suas credenciais", disse Reza Hossaini, do comitê local de
monitoramento de eleições.
"Não queremos uma modelo
desfilando na prefeitura", disse um clérigo local.
Seus adversários já a haviam
acusado de manter um comitê de campanha que atraía comportamentos incompatíveis
com valores islâmicos.
Moradi conquistou apoio ao defender direitos da mulher e incentivos culturais.
Moradi conquistou apoio ao defender direitos da mulher e incentivos culturais.
A falta seletiva de lucidez imposta por toda crença
para poder ser mentalmente absorvida por seu seguidor (por exemplo, todo muçulmano
acredita que Maomé subiu ao céu montado num burrico mágico), se afeta, digamos,
a “visão mental” da realidade, não afeta a visão em si, como este mesmo caso demonstra.
Não há como discordar da acuidade
visual dessas autoridades islâmicas quanto ao fato de Nina Moradi ser uma mulher
bastante bonita (ainda que eu discorde de ela ser "bonita demais"; não por ser bela de menos, mas porque não creio que qualquer beleza possa ser excessiva). Porém minha concordância com tais autoridades começa e termina aí: é impossível palatar uma religião que teme a beleza,
ou as pretensões “democráticas” de um regime e de uma ideologia (o islã
político) capazes de usar a beleza para impugnar, repugnantemente, uma eleição
e uma eleita (sou míope, mas votaria na srta. Moradi de olhos fechados; refiro-me, claro, ao último parágrafo da notícia em questão).
PS. Naturalmente, muito mais séria e muito mais feia é a face do que acontece agora no Egito. Mas se a matança promovida pelo exército não pode ser defendida, a repressão política à Irmandade Muçulmana (que aliás chegou ao poder em aliança com os salafistas, os mais fascistas entre os fascistas islâmicos) não pode ser evitada, ao menos segundo a demanda da população egípcia, que saiu às ruas aos milhões pedindo a deposição do governo Morsi, afinal realizada pelo exército. Entre outras coisas, porque a Irmandade Muçulmana ignora os principais preceitos da democracia, como a defesa das minorias. O fato de Morsi ter sido eleito com 65% dos votos não lhe facultava o direito de tentar implantar um regime de viés totalitarista, impondo à totalidade da sociedade egípcia seus preceitos islamizadores. Por isso ele foi derrubado, não por qualquer antidemocratismo irredimível do exército. Irredimivelmente antidemocrático é o islã político. Na confusão e na estultícia de se tentar reduzir democracia a rito eleitoral, e portanto pretender que qualquer partido, ideologia ou governo é automática e necessariamente democrático por ter conquistado maioria numa dada eleição, pode-se, eventualmente, eleger mesmo alguém chamado Adolf Alois Hitler. Um governo não é democrático porque eleito democraticamente, mas porque, além disso, governa de modo democrático. Nenhum governo islâmico jamais passou por este teste (incluindo o famoso “caso turco”, em que Erdogan apenas foi mais hábil em enganar mais pessoas por mais tempo).
domingo, 11 de agosto de 2013
Intellectuals and Society
Algum professor terá coragem para projectar este vídeo, por exemplo, a turmas do secundário? Qual a reacção da "classe"? Qual a reacção dos luminários "intelectuais"? Qual a reacção dos alunos face ao que lhes foi sendo impingido ao longo dos anos?
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
LULA, O IDIOTA MAIOR, E A GRANDE REVOLTA DOS IMBECIS
Antes que
algum idiota hipotético e conotativo pense em me processar por difamação,
injúria, calúnia ou qualquer outra fina figura jurídica, esclareço e adianto
que a palavra idiota no título e no
restante do texto é usada em sua condição denotativa. Nesta, a palavra,
derivada diretamente do grego idiotés,
significa privado, particular, em oposição a público e a político. Pois no
mesmo grego, político, ou melhor, politikós, é o relativo à comunidade, à
cidade, mais exatamente, à pólis. O
cidadão (habitante da cidade) que a ela se dedica é, portanto, politikós – enquanto aquele que lhe dá
as costas para cuidar de seus negócios pessoais, particulares, privados (numa
palavra, idiói), é um idiotés.
A conotação de imbecil, burro e/ou
cretino, em todos os sentidos destes termos (cretino, por exemplo, é
originalmente um termo médico, equivalente a débil mental), que a palavra idiota adquiriu, advém do fato de que,
para os gregos, só podia haver vida inteligente no âmbito politikós, em que um homem era posto à prova, ao mesmo tempo, em
suas virtudes e em suas capacidades, incluindo iniciativa, coragem,
conhecimento, honestidade e discurso político
para falar na assembleia dos cidadãos; nada disso era demandado ou testado no
cuidar de seus negócios particulares.
Mas Lula é, por profissão, um
político. Se é, ao mesmo tempo, um idiota, é um idiota político, ou um político
idiota, o que denotativamente é igual. Igual e igualmente contraditório: pois
como pode um homem ser ao mesmo tempo dedicado à pólis, à política, à coisa
pública, e se dedicar apenas às suas questões pessoais, particulares, e ser
assim um idiota? A resposta está na traição da política, na sua inversão ou
subversão. Se a política perde sua substância ou natureza de coisa pública,
passa a ser idiota sem com isso se tornar contraditória. Pois sua contradição
estaria, então, com a própria política em seu sentido original.
Tudo fica mais claro ao se comparar e
contrastar com outro par de conceitos, o político e o estadista. Se o político
é aquele que se dedica à pólis, o estadista é quem se dedica ao Estado. Mas isto
em suas denotações, que, neste caso, esclarecem pouco ou nada face às suas
conotações. Começando pelo último, um estadista é o político que deixa de lado
seus interesses particulares pelo interesse maior do país. O caso paradigmático
notório da política contemporânea é Nelson Mandela. Depois de 27 anos de prisão,
foi libertado e alçado à condição de presidente. Mas exerceu apenas um mandato,
sequer se candidatando à reeleição. Houve vários motivos, mas o principal e talvez
menos conhecido foi o fato de que Mandela afrontou a maioria das demais
lideranças do CNA (Congresso Nacional Africano), seu partido e maior partido do
país, a fim de barrar o caminho da revanche ou vingança contra a minoria branca,
depois do fim do apartheid. Essa
tendência era forte o bastante no partido para que Mandela tivesse de usar todo
seu cacife político a fim de abortá-la, com isso evitando uma guerra civil e a
destruição do país. Mas também garantindo o fim de sua curta e tardia estadia
no poder. Ao contrário e à diferença do estadista, o político comum deixa de
lado os interesses maiores do país por seus interesses pessoais. Portanto,
apesar da aparente contradição, a maioria absoluta dos políticos é idiota. No
caso brasileiro, Lula é, então, apenas o mais idiota deles. Ou o maior idiota
entre eles.
Depois de vinte anos de oposição, em
que Lula e o PT firmaram e afirmaram serem um político e um partido políticos,
que queriam chegar ao poder para tirá-lo das mãos dos idiotas, dos grupos de oligarcas
que loteavam o Estado em causa própria, para devolver o Estado à cidadania, à
cidade, à pólis, o que se viu foi o contrário. Ou seja, a transformação do PT e
de Lula em mais um partido e em mais um político idiotas, ocupados e
preocupados em seu interesse maior, principal e, no limite, único, seu projeto
particular (ou idiota) de poder. Isto é fato notório e indiscutível. Menos
notório hoje, pois relativamente esquecido (ainda que igualmente indiscutível),
foi o primeiro e principal motivo alegado para tal transformação. Ele pode ser
resumido na palavra “governabilidade”, e assim traduzido: as reformas que
fariam do Brasil um Estado cidadão, em vez de um Estado ladrão ou idiota, que
toma muito de quase todos para dar muito a poucos e muito pouco aos demais, ou
seja, as reformas política, fiscal, jurídica e educacional, para começar, não
foram então implantadas porque o “sistema político” idiota não o permitiu.
Logo, façamos o possível – o que, na prática, se traduziu em não fazer nada
para transformar o Estado brasileiro de idiota para político. Mas já que
estamos aqui, ao menos usemos o idiota do Estado brasileiro para servir ao nosso
próprio grupo de políticos idiotas. Afinal, somos idiotas, mas não imbecis.
Há todavia um porém: Lula e o PT
tinham, quando de sua primeira eleição presidencial, um cacife político enorme,
que ninguém jamais soube ou saberá se suficiente para afrontar, ao menos em
parte, e em que parte, a arraigada idiotia da política nativa. Porque esse
afrontamento, em nome das reformas que eram a própria razão histórica e
política do PT e de Lula, não foi na verdade tentado. Se não foi tentado,
afirmar, como fariam depois Lula e o PT, que era a priori impossível, é retórica, falácia, sofisma ou mentira. O
fato insofismável é que Lula e o PT logo se tornaram apenas e simplesmente uma
nova parte da velha massa de políticos idiotas, e estamos conversados.
É a idiotia do PT em geral e de Lula
em particular que explica a recente revolta da cidadania brasileira contra a
idiotia da política nacional. Pois se o partido e o líder que se fizeram
historicamente, no período posterior à ditadura militar, como aqueles que
repolitizariam essa política, ou a desidiotizariam, não o fizeram, e se além de
não o fazerem a reforçaram, tornando-se os mais idiotas da política nativa, ou
seja, os mais agarrados ao seu projeto particular de poder, deixava então de
existir, em todo o espectro político brasileiro, qualquer opção dirigida a essa
repolitização ou a essa desidiotização da política.
Nesse contexto, o papel do mais que
idiota governo Dilma, com sua aliança figadal com os maiores idiotas políticos
do país, conhecidos como oligarcas ou fisiológicos, agrupados em siglas como o
PMDB e atendendo por nomes como José Sarney, Renan Calheiros e Paulo Maluf
(apoiador do candidato de Dilma, de Lula e do PT em São Paulo, Fernando
Haddad), foi o de confirmar e reconfirmar, depois da radicalmente idiota “era
Lula” (cujo grande esforço político seria afinal fazer seu sucessor, a própria
Dilma), o completo abandono, pelo PT, do resgate da política pelo combate à
idiotia. Com isto confirmado e reconfirmado, não havia mais saída da
idiotização da política senão fora da política idiota. O que explica a
cidadania tomar as cidades, único caminho restante para retomar o que é da pólis,
a política que merece o nome.
Lula, o grande idiota da política
brasileira contemporânea, está, portanto, completamente certo quando afirma e
reafirma, como vem afirmando e reafirmando, que a recente revolta popular no
Brasil se deve aos seus governos. Não, obviamente, para quem não é minimamente estúpido,
pelos motivos que alega, ou seja, suas “grandes conquistas”: segundo Lula, o
idiota maior da política menor brasileira, que portanto acredita poder enganar
a todos todo o tempo, o aumento de consumo “por ele” conquistado seria a causa
dessa revolta, pois os perfeitos imbecis dos cidadãos brasileiros, ao perceberem,
por obra e graça de Lulinha, o Grande, que podiam consumir, não se contentariam
mais em ser tratados, digamos, como perfeitos imbecis pelo Estado idiota brasileiro,
como sempre o foram. Ocorre que tais famosas “conquistas” lulopetistas não
incluem nenhuma das reformas históricas necessárias para resgatar a política
brasileira – pois limitadas, fundamentalmente, a esse famoso aumento de consumo
pelos mais despossuídos, sem sequer o incremento da produção e da
produtividade, pelo lado econômico, ou da educação, pelo lado da cidadania. E sem
falar do exercício podre do poder. Cuja podridão se espalha, afinal, por todo o
país, envolvendo desde a infraestrutura física (daí a famosa “[i]mobilidade
urbana” tornar-se um problema intratável) até a superestrutura moral (daí o
país ser o infame recordista planetário de mortes por assassinato). O Brasil é,
enfim, um país apodrecido (podre o poder, podre a educação pública, podre a
saúde pública, podre a segurança pública, podre tudo o que é público), liderado
por idiotas e habitado por imbecis. Até ontem.
De fato, a recente revolta popular no
Brasil se deve diretamente aos governos da “era Lula”, incluindo o de sua
sucessora, seguidora e títere: mas apenas porque tais governos foram a maior e a
mais evidente traição histórica recente à promessa jamais resgatada, por nossa
superidiota classe política, de politizar a política brasileira. Isto será
então necessariamente feito, não importa como, pelos ex-imbecis, afinal
desimbecilizados pela insuportável demora dos inquilinos do poder em se
desidiotizar.
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
Interrogações - 1
(imagem obtida aqui)
Tenho andado ausente por motivos relacionados com trabalhos que tenho em mão e prevejo continuar assim durante mais algum tempo. Mas continuo atento ao que se passa no país, que considero catastrófico para todos nós, mesmo para aqueles que julgam lucrar com a balbúrdia que estabelecem. E como não tenho, de momento, possibilidade de espalhar à net o que me vai na mente e na ialma, limitar-me-ei, para já, a ir deixando por aqui algumas interrogações. Eis a de hoje:
Porque será que apenas os ministros, suas equipas, e pessoas de confiança de Passos Coelho são sistematicamente atacados, vilipendiados ou ridicularizados por todos (oposição e baronatos dos partidos do governo) enquanto os de Paulo Portas e os pertencentes à velha guarda do PSD passaram - até agora... - incólumes ou quase?
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Dos defensores do "natural"
No Brasil, a reserva índia que retirou trabalho aos índios expulsando a generalidade deles e condenando todos a vegetar dependentes de subsídios estatais. Entretanto, fazendas produtivas e empregadoras desapareceram dando lugar ao nada.
Não consta que os esquerdalhos legisladores sob inspiração do ar-condicionado tenham para lá ido exercitar o modo de vida que defendem.
Não consta que os esquerdalhos legisladores sob inspiração do ar-condicionado tenham para lá ido exercitar o modo de vida que defendem.
domingo, 4 de agosto de 2013
Programação na escola
Para
além de haver interesse em que crianças aprendam a usar um computador (para tarefas realmente úteis e não como ferramenta de contentamento ou para contorno de esforço mental),
interessa que aprendam a fazer alguma programação. É de programadores
que nasce o desenvolvimento, seja com ferramentas que produzem código
pré-digerido seja escrevendo código de baixo nível.
A indústria está geralmente dependente de sistemas de controlo muito pequenos em que microcontroladores são programados em linguagem de substancial baixo* nível.
*Linguagens de baixo nível não são coisa para tótós.
A indústria está geralmente dependente de sistemas de controlo muito pequenos em que microcontroladores são programados em linguagem de substancial baixo* nível.
*Linguagens de baixo nível não são coisa para tótós.
sábado, 3 de agosto de 2013
Divulgação
Exposição de Pintura de Pedro Olaio (filho)
Abertura: Sábado, 03 de Agosto, às 16h00, na Quinta Outeiro da Luz,
Chaque, Branca - Albergaria-a-Velha
Laudator: Professora Doutora Isabel Faria
Momento musical: Fado de Coimbra por Pedro Olayo (filho)
Referências biográficas:
Pedro Olayo nasceu a 2 de Setembro de 1930, em Coimbra, onde sempre viveu.
Aprendeu a arte com os mestres José Contente e Edmundo Tavares. Viajou e
estudou pela Europa do Sul, sobretudo em Madrid e Paris. Acabou por escolher
Itália para a graduação, licenciando-se em Belas Artes, pela Academia Araldica
Internacionale Il Marzocco, em Florença.
É, acima de tudo, um espatulista, mas também trabalha a aguarela como
poucos. A sua primeira exposição foi em 1951, na saudosa na Galeria de “O
Primeiro de Janeiro”, na Rua Ferreira Borges. Esteve na fundação do futuro
Círculo de Artes Plásticas. Expôs um pouco por todo o mundo. Está representado
em inúmeras colecções.
Está representado nos Museus Machado de Castro (Coimbra), Museu Regional da
Guarda, Museu da Marinha, Casa Museu Maria da Fontinha (Castro Daire), Fundação
Dionísio Pinheiro (Águeda), Museu Municipal de Santos Rocha (Figueira da Foz),
Museu de Arte Moderna e em museus de Copenhaga, Estocolmo, Amesterdão,
Barcelona, Madrid, Málaga, Leon, Haia, Londres, Paris, Lyon, Marselha, e
Luxemburgo e ainda no Bristol Community College Arts Center de Mass (Estados
Unidos da América).
Foi premiado na Exposição de Artes Plásticas na Universidade de Filadélfia,
bem como na Venezuela, México, Argentina, Brasil e Japão. Está representado nas
colecções particulares da Rainha Isabel II de Inglaterra e de Hassan II, de
Marrocos.
É uma honra e um privilégio receber Pedro Olayo (Filho), um dos mais
talentosos pintores portugueses ou dos mais consagrados da ambiência ibérica.
Horário da Exposição:
Sábados – das 09h00 às 12h00; Domingos – das 15h00 às 18h00; Quartas – das
18h00 às 20h00; ou por marcação 963994458 / 960389076
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