segunda-feira, 1 de julho de 2013

UM POEMA DE JOSÉ JAGODES



(Flash do Dr. José Jagodes em patriótica atitude)



  Recebemos do Sr. Prof. Doutor José Jagodes, com pedido de publicação, uma carta que passamos a transcrever sem quaisquer comentários mas muita satisfação.

  Com efeito e se nos é permitido o detalhe jubiloso, há muito que o grande homem público não se nos dirigia. Correram mesmo boatos de que teria viajado para o Equador, para dar aulas na Universidade Livre de Quito, nomeadamente para investigar se era mesmo fatual o célebre poema cesarinyano "Tudo está eternamente escrito (Spinoza)/Tudo está eternamente em Quito (uma rosa)". Podemos asseverar que tal não corresponde à realidade, uma vez que o autor de O bocejo nos tempos do Segundo Império continua a reger na Sourbonne a sua já famosa unidade curricular "Metafísica Objetual, Macânica Supra-Nominal e Inteletiva", hoje incontornável no pensamento por exemplo de Hollande e alguns outros mas estes lusitanos.

  Segue a peça:


 "Caro diretor

    Estando fortuitamente em momento de descanso, venho saudá-lo cordialmente e, por extensão, aos milhares de meus leitores através desse espaço que neticamente assegura.

    Apenas para dar uma pequena explicação, obviamente sucinta e de poucas palavras, o contrário é que seria estranho, de modo aos meus/minhas admiradores/as ficarem cientes de que continuo vivo e ao alto (isto não é piada brejeira) e que o bem da Pátria, incluindo a nação e mesmo o país neste vocábulo expressivo, continua a nortear o meu pensamento - o que não se estranhará pois a minha cabeça, e peço indulgência para uma auto-citação "é uma verdadeira caldeira de motor em contínua ebulição".

  Dest'arte, estou neste momento - correspondente a um intervalo nas aulas e nos passeios proverbiais no parque Monceau, para manter a forma que como sabe continua assinalável, a dar à luz uma série de textos em jeito proto-biográfico com que, em breve, abrilhantarei as páginas que proficientemente alinda, e terão iluminação fotográfica do meu habitual colaborador de que nem necessito dizer o nome.

  Sem mais por ora e sempre a considerá-lo bem como aos inúmeros e fiéis leitores/fãs, fica estrenuamente o


  José Jagodes (Esquire)


  PScriptum - Como mimo à guisa de brinde, perdoe-se-me a imodéstia, outrossim lhe envio um poemazito que congeminei num dos meus passeios e me parece de cunho retintamente patriótico.



Geração Portugal
 

Somos actores de coragem
com estilos empenachados
pátrio orgulho dos passados
como outrora nunca vi
E mal nos dá a aragem
ficamos ao mundo abraçados
- e à Angelina Jolie...

Para vencer desafios
também temos um soberano
um D. Duarte com brios
cronicado pelo Hermano
“- Abre a porta meu menino
que quer entrar um fulano
com muito jeitinho e arte!

Mas responde-lhe o destino
num tom bem republicano:
- Mandem-no àquela parte!

       (Estribilho)

Grita viva Portugal
tira a alma, fura o peito
dá um murro no sujeito
que não te der o sinal
de que vai andar direito
com um jeito
ocidental

Nós queremos mais Portugal
para encher bem o bandulho
e dar com o estadulho
no poviléu pequenino.
E incentivar o barulho
desse Marcelão mofino!...

Nova força para o mundo:
- meu jeitinho de animal
político, de quintal
na vanguarda do futuro
Ser politicão é um furo
para se andar mais feliz

Meu orgulho, meu país
meu lindo país profundo
- e mesmo se fores um imundo
levanta bem o nariz!

O Passos é quem conduz
de norte a sul todos nós
com a sua linda voz
de galã meio-rapazola

Quem refere que ele é um pachola
e não presta para governar
não sabe mesmo o que diz
e na prisa devia estar
- Meu Portugal, meu país
tão à beirinha do mar!
(E tu levas na carinha
se tornas a criticar...)

Do lado parla o Pinóquio
com voz de galo capão
- que a TV paga-a o povão
para ele lhe cantar o fado
de que foi um injustiçado
…e o povo tem de amargar!

Mas eis que chega um tal Gaspar
- o que fala aos solavancos
como um gago a silabar –
e com vontade de se rir
põe toda a malta a chorar
quando desata a referir:

- É tempo de acreditar,
de ter confiança em si
com o Portas a ajudar
com seu garbo militar.
Toca malta a trabalhar!

Como Portugal nunca vi!

Com ele vivo a sonhar
- e com a Angelina Jolie...

JOSÉ JAGODES

(Paris, Sourbonne, Maio de 2013)

1 comentário:

Anónimo disse...

Do Ex-comandante Tomás Figueira, atual assessor do Sr. Prof. Doutor José Jagodes, recebemos o seguinte bilhete, que passamos a transcrever:
" Foi ao princípio da manhã que Vossencia, sr. diretor do Ablogando, publicou a carta e o concomitante - e porque não afirmá-lo? - praticamente genial Poema patriótico do Sr.Doutor Jagodes, na sua qualidade de vate desta nação bem-amada. Nele, como se salientava, era falado em termos não de todo abonatórios, no entanto respeitosos, o Dr. Vítor Gaspar, especialista financeiro e que subsidiariamente se propiciava ministro. Pois tanto bastou - em vista da adesão do país ledor - para que Sua Excelencia logo a seguir se demitisse, PRETEXTANDO INCOMODIDADES VÁRIAS. Mas manda a verdade, já racional e já coletiva, que se revele que a gota de água foi a alusão apropriadíssima daquele que todos nos habituámos a respeitar, quer pelo acerado gume lírico já pelo olho clínico assestado sobre governantes proto-incoportamentáveis. Como demonstrado ficou!
Queira V.Exa. receber as saudações do Grande Pensador, por meu honrado intermédio".
Assinado, Tomás Figueira, ex-comandante operacional CV (Cavalaria Montada)