quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O cogumelo aldrabófilo



Fundação Casa de Mateus

Todos (por assim dizer) nos lembramos, tal «como o secretário de Estado [Hélder Rosalino] disse, que nos últimos seis anos, em que o PS foi Governo, “nasceram fundações como cogumelos”.» E disse mais:


“De facto é extraordinário, porque o que percebemos é que foram criadas nestes últimos anos múltiplas fundações. Quase que se pode dizer que nasceram como cogumelos. E há fundações que nasceram única e exclusivamente para fugir ao controlo financeiro do Estado”, acusou (...).


A existência de uma fundação implica a existência de um ou mais fundadores, cujo prestígio lhes confere credibilidade suficiente e cujas doações se destinam à promoção de programas definidos e estruturados de actividades e apoios à comunidade e ao país. A redução ou isenção de pagamentos de impostos e os eventuais apoios estatais provêm do reconhecimento do mérito dessa sua actividade.

Em Portugal, porém, a"esmagadora maioria" das fundações tem por origem... o próprio Estado, no sentido de conseguir aquilo por que persegue e condena os cidadãos: a fuga aos impostos! O Estado deixa de ser a "pessoa de bem", espelho e garantia dos "cidadãos"  - passa a ser o Estado que decreta o "estado de aldrabofilia" em todo o país.

O inenarrável governo chico-esperto e matarruano de José Sócrates, muito mais do que qualquer outro consolidou e institucionalizou o Estado aldrabófilo. Mais: apresentou-o, sem pudor nem disfarce, como modelo de procedimento legítimo ao cidadão de um Portugal em esboroamento, precisamente em razão de uma contínua prática ancestral de recurso ao negociozinho e à negociata. Algo que infectou muito perigosamente a cultura portuguesa (em sentido lato e não só...) e que o 25 de Abril, ao invés da cura por muitos ansiada, veio, paradoxalmente agravar.

O cogumelo aldrabófilo é uma espécie letal que urge exterminar, arrancando-o do solo em que tende a germinar e a proliferar. Antes que extermine os portugueses que ainda restam.

No meio disto tudo, valha-nos a Casa de Mateus! Bem merece os agradecimentos do país que luta contra a morte!

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