Nicolau Saião, A besta
No seu famoso
livro deste título, George Orwell referiu que, naquele cenário onde decorria a
acção (e que na verdade era o mundo do politicamente correcto avant la lettre) “todos os animais são
iguais, mas alguns são mais iguais que outros”.
O indiferentismo moral ganhava ali foros de realidade,
assentava praça na estratégia ditatorial de esmagar o ser humano.
Eis aqui, noticiado pelos jornais em geral, um
exemplo actual claro/escuro:
O ex-basquetebolista
norte-americano, Dennis Rodman, descreve os norte-coreanos como "pessoas
normais" que gostam de "beber cocktails e dar umas boas
gargalhadas".
Para Dennis Rodman Kim Jong-Un, o líder da
Coreia do Norte, é "uma boa pessoa", com "bom coração", que
oferece tequila aos convidados na sua ilha privada. Rodman falou da sua amizade
com o líder norte-coreano em Londres durante a promoção de um jogo de
basquetebol entre uma equipa escolhida por ele próprio e uma equipa
norte-coreana, que irá coincidir com a celebração do 31º aniversário de Kim
Jong-Un e 8 de janeiro.
Segundo o jornal británico "The
Guardian", Rodman afirmou que não mantém relações de amizade com a Coreia
do Norte por dinheiro."Não preciso de dinheiro, o que eu quero fazer é
diminuir a distância que existe entre a Coreia do Norte e o resto do mundo.
Eles têm muito para oferecer e querem fazê-lo", disse.
Rodman descreve a sua visita à ilha privada
de Kim Jong-Un como "uma visita ao Hawai ou a Ibiza, apenas com a
diferença de que ele é o único que lá vive", adiantando que o líder
norte-coreano "tem sempre 50 ou 60 pessoas à sua volta, pessoas normais,
que bebem cocktails e dão gargalhadas durante a maior parte do tempo".
Para o basquetebolista, tudo o que Kim Jong-Un faz "é o máximo".
Rodman não critica Kim nem a Coreia do Norte,
afastando-se assim das questões políticas. "Não me interessa o que ele faz
lá, o que faz aqui ou o que faz em qualquer lado. A Coreia do Norte é tão má
como o Japão, a China ou Hong Kong, a única coisa que me diz respeito é que
somos amigos e isso é tudo o que importa", diz.
NOTA - Este
Rodman é um semelhante dos que, no tempo deles, visitavam a Alemanha nazi e
achavam Hitler um homem inspirado e um sujeito estupendo. Ou dos que visitavam
a Moscovo do papá Staline e só viam nela um universo excepcional. Nem campos de
concentração, nem calabouços, nem muros de fuzilamento - só locais aprazíveis.
Eram
amorais, babujadores de baixo estofo e totalmente destituídos de escrúpulos. Em
suma, cúmplices dos crimes desses regimes. Como este repelente Rodman, casos
patentes de baixeza moral, de falsa ingenuidade, de cinismo infame.
O
exemplo do perfeito canalha com discurso inocentinho.
5 comentários:
talvez a contracapa das campanhas criminosas e normalmente deturpadoras que os meios informação anglo-americanos fazem de muitas situações do mundo.estando com atenção podemos detectar a referencia dos media aos pareceres de institutos/ONG/Org que até nem por acaso"lutam" pelas"liberdades" em todos os paises menos em Londres ou EUA onde têm as sedes e as direcções.
Este coment não se percebe bem. Parece dar a entender que a Coreia é uma democracia. Já um tipo da política antes dele sugeriu isso. Pois, deve ser isso.
Leonor Camacho
Este tipo disfarçado de comentador nota-se que deve ser um stalinista pró-coreano a procurar protagonismo. O valor do que diz é zero, pura propaganda que já está mais que desmascarada. Pensas que ainda estás no tempo do Pato de Varsóvia?
Alfredo Marques
António Cristóvão:
A falta de correcção gramatical no que escreveu, fez com que eu, pelo menos, não percebesse nada.
O que quis dizer, afinal?
Deve ser apenas o cristovano de serviço a vigiar os que mijem fora do penico comunóide.
D.Bibas
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