sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Carpidismo seletivo

As carpideiras do martirizado povo palestiniano ainda não verteram uma lágrima pelas 20 pessoas mortas por forças de segurança sírias num campo de refugiados próximo de Damasco. 
As vítimas, civis palestinianos inocentes, faziam compras para o Ramadão quando um morteiro as atingiu. Como não foi Israel que pôs o dedo no gatilho, não há direito a gritarias, posts de indignação, manifestações em frente à embaixada, cordões humanos, passeatas, etc. O carpidismo seletivo continua bem e recomenda-se.

2 comentários:

José Gonsalo disse...

Como as nunca houve nem há no Iraque, quando o que resta dos partidários de Saddam Hussein assassinavam e assassinam, até nas filas de emprego, o povo que dizem representar e defender.
Ser idiota útil engrandece o ego...

Anónimo disse...

Vejo o ponto de vista de José Gonsalo, mas discordo só no final. Não é bem discordancia, digamos, mas achar que Gonsalo, como é uma pessoa educada e bem formada, fala com educação e fina ironia, quando o que convém empregar é a indignação sem papas na língua. Assim sendo, caro Gonsalo, não é por um politicamente correcto narcisista que eles falam selecionando o carpir. Não! É porque são, pura e simplesmente, uns sujos canalhas políticos.
É isso que lhes permite encenar, dourar a pílula. E não só sujos canalhas. Também apoiantes tácitos de assassinos, desde que isso convenha aos seus jogos. E o resto é conversa.

Júlio Vicente Páscosa