quarta-feira, 15 de agosto de 2012

- Estás à procura de quê? - Não sei ... o meu capitão só me mandou procurar!

É muito interessante assistir a este espernear da justiça relativamente ao "desaparecimento" de documentos sobre a aquisição de submarinos no Ministério da Defesa.

Há perguntas que não podem deixar se ser feitas aos fiteiros:

1 - Demoraram meia dúzia de anos a dar a alarme?

2 - Estiveram a dormir este tempo todo ou precisavam justificar o banzé de um processo que não leva a coisa nenhuma?

3 - Fizeram desaparecer a papelada para poderem deixar uma acusação eternamente no ar?

4 - Não sabem mesmo onde pode ser encontrada a papelada?

....

Já agora, coisas giras sobre as quais a esquerdalha indignácara barafustou mas que 'parece', entretanto, ter-se esquecido:
Francisco Louçã "sugeriu" à Justiça que "procure nas 61 mil fotocópias" que Paulo Portas "levou para casa" quando abandonou a pasta da Defesa o contrato dos dois submarinos comprados à Alemanha durante o Governo PSD/CDS-PP. 
Já perceberam porque respondeu Paulo Portas, com aquele sorriso maroto, que estava de férias? Já perceberam porque não insistiram os "jornalistas", limitando-se ao frete 'do que parece mas não é'?

3 comentários:

Anónimo disse...

Que caiam as máscaras, os esquerdistas são tão pervertidos como os direitistas. E pela simples razão de que, de facto, não há realmente Esquerda nem Direita, há apenas gangs que se posicionam, uns, pela trama marxiansa mais ou menos envergonhada, ou fiteira, ou brutal; outros, pelo reaccionarismo, de cepa "católica" ou conceptual, que descende em linha recta do sectarismo que também se aproveitou de Salazar.
Quem tenha o trabalho de ler um pouco as pautas por que se regeu a Direita Europeia, que contrapontava a Esquerda nórdica e a Estaliniana concorrente, verificará de imediato que estes, os de cá, os de aqui do Sítio, apenas usam estratégias, não ideologias ou ideais. Verdadeiros quadrilheiros, vivem de xular e roubar o Povo que, no fundo, desprezam. E isto é assim desde D.Maria II. O resto...é conversa!

Júlio Vicente Páscoa

Joaquim Simões disse...

Vicente:
Chapelada com vénia!

José Gonsalo disse...

Vicente Páscoa:

Uma correcção: isto não é assim desde D. Maria II, mas sim desde os finais do século XVII, quando os marqueses vinhateiros do Cadaval e do Alegrete depuseram o Conde de Castelo Melhor e substituíram o rei D. Afonso VI pelo seu irmão, D. Pedro II.

A política do conde visava aproximar Portugal da França, o mesmo é dizer, das medidas de Colbert que estiveram na base da hegemonia económica francesa na primeira metade do século XVIII e na ascensão social e política da camada popular da burguesia.

Os marqueses, clientela dos ingleses que, entretanto, haviam firmado os seus interesses durante o período de apoio militar à Restauração e a pretexto desta, transformaram assim Portugal no "país das uvas" e da lã.

A rede mafiosa estabeleceu-se aí e nem sequer os posteriores esforços abrutalhados e assaloiados do outro, o de Pombal, conseguiram desfazê-la, que acabou, entre mudanças de campo sucessivas e alternadas, por se manter até hoje.