sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Fanatismo disciplina o Modernismo secularista




Um novo texto enviado por António Justo.


O Estado protege Criminosos e negligencia os Cumpridores da Lei

A maneira como a política e a sociedade reagem à provocação de caricaturistas e à violência islâmica favorece a confusão das mentes. Uma arte banal e de mau gosto quer provocar os sentimentos religiosos de pessoas crentes, mostrando Maomé nos braços duma mulher nua, o Papa de nádegas nuas, Jesus como homossexual, etc. Quer-se desviar a atenção das pessoas dos problemas reais para discussões paralelas, servindo-se assim os extremistas muçulmanos e uma economia liberalista agressiva e desumana, como se os valores do Ocidente se reduzissem à liberdade de expressão. Nos baixios de sociedades em desgraça domina a satisfação baixa do rir-se uns dos outros.

No que diz respeito à avaliação da liberdade de expressão na arte, a sociedade ocidental usa dois pesos e duas medidas. De facto, um Islão militante consegue conquistar compreensão e até respeito pelas manifestações violentas contra a sua difamação, como se vê na discussão pública e na reacção da política. A violência e o medo, daí resultante, determinam a lógica e a argumentação pública. Segundo comentários políticos, a gravidade não vem do acto em si mas das possíveis reacções a ele. A arbitrariedade dos argumentos a favor e contra ultrapassa a razão e a ideia de liberdade.

Chega o cinismo duma caricatura, o fanatismo de "Innocence of Muslims", ou a ganância duma editora que, para atrair as atenções, publica uma caricatura de Maomé na certeza que as mesquitas movimentarão (às sextas-feiras, depois das orações rituais) enormes massas, chegando aí a serem legitimados actos de violência criminosa.

Há um vídeo anti-islâmico. Há também muitos filmes e caricaturas anticristãos. Por exemplo, aqui na cidade de Kassel a "Caricatura" tem uma exposição de caricaturas. Numa delas Deus Pai diz para o filho Jesus na cruz: "Eh tu, eu fodi a tua mãe!" Os responsáveis de “Caricatura”, apesar do protesto escrito de cristãos, continuam a exibir tal caricatura em nome da arte e da liberdade de expressão.


A publicação de caricaturas ridicularizadoras do maometanismo é considerada perturbação da ordem pública por ferir os seus sentimentos religiosos; a ridicularização de símbolos cristãos não é relevante. O mesmo público que condena a acção provocadora de caricaturistas ofensores do Islão, acha normal e até sinal de liberdade a difamação de símbolos cristãos. Será que se pensa que os cristãos não têm sentimentos religiosos ou que são demasiado tolerantes?

Se o radicalismo e a violência passam a ser o critério de orientação para avaliação e decisão na sentença pública, então a política e a opinião publicada dá a perceber que os cristãos para serem tomados a sério e ouvidos, teriam de se tornar violentos e radicais. Dado a política tomar mais a sério a violência/medo do que a atitude pacífica descrimina a agressão pela positiva e a atitude cristã pela negativa. No mundo ocidental chegou-se ao extremo de quem nega as suas fontes (greco-judaico-cristãs) e difama o cristianismo é considerado progressista e defendido como representante da modernidade.

Um secularismo impúdico ao apoderar-se das democracias e dos órgãos de Estado dá cada vez mais margem ao extremismo, numa tática de submeter a razão ao medo e ao oportunismo. A perversidade do pensamento e da moral encontra-se na ordem do dia e agindo em nome duma democracia medrosa e envergonhada. Nela parece valer cada vez mais a máxima: direito recebe-o quem perturba a paz pública ou os lóbis parasitas que se assenhorearam dos Estados!

Naturalmente que aqui está mais em jogo do que a mera liberdade de expressão!

Ao fanatismo do "Innocence of  Muslins", segue-se o fanatismo de massas maometanas; à tolerância cristã, nas sociedades ocidentais, segue-se o abuso do fanatismo secular.


Por outro lado, Estados de cultura árabe estão habituados a mandarem na sua terra ao ponto de incendiarem igrejas, perseguindo crenças não maometanas, sem que alguém os moleste por isso. Além disso querem mandar na casa dos outros sob o manto da hegemonia da religião. A reacção da política e dos Média, bem como a intervenção da Nato nas suas regiões, tem-lhes dado razão.

O abuso com filmes e com caricaturas contra a religião cristã tem sido protegido e querido pela política ocidental. Agora chegam estes estrangeiros a chamá-la à reflexão. Será um abuso eles quererem impor a sua ordem na casa dos outros?

Também é um facto que o secularismo tem abusado e engordado à custa do sentimento religioso cristão. O medo do poder secular da Europa perante o sentimento religioso muçulmano irá fazer aplicar leis anti-difamatórias da religião, de que indirectamente aproveitarão os cristãos. Os de fora vêm impor respeito pela religião! E de que maneira! Pelos vistos o braço secular parece entender mais de violência do que de paz!

Encontramo-nos perante um paralelismo intrigante: depois dos Descobrimentos as vítimas de perseguições religiosas na Europa emigraram para a América em fuga ao fanatismo reinante; essa mesma Europa vê hoje o seu liberalismo extremo questionado pelo fanatismo árabe. Há que procurar uma nova estratégia de diálogo sem recorrer à blasfémia, à difamação, à exploração nem a grosserias; segundo a desleixada máxima cristã: na humanidade reside a divindade! Cada pessoa, crente ou descrente, é filho de Deus!

8 comentários:

Anónimo disse...

O filme e as caricaturas estão totalmente de acordo com o que maomé nos revelou.

os muçulmanos é que nada percebem do islão, nem querem perceber.

allahu akbar, quer dizer que allah é o maior em tudo.

No islam, não há ninguém maior do que allah.

É o maior, enganador, falsário, vigarista, terrorista, estupidificador, idiotizador, desgraçador,

enfim, o maior em tudo o que seja ruim e só nisso.

Não há erudito por mais erudito que seja que possa e consiga desmentir mais estas verdades

verdadeiras sobre o esganador e maléfico allah, maomé e islão.

Até já tiveram tempo de o fazer e não o fizeram, e com isso só as confirmaram.

os muçulmanos andavam tão enganados, que nem reparavam que o símbolo do islão era o

símbolo que mais insultava maomé.

Quando começaram a ouvir esta verdade, começaram a deixar de o usar.

Se repararem , cada vez menos o usam.

É caso para se dizer, mais uma grande vitória de Deus Verdadeiro sobre o enganador e

maligno allah matreiro!

Anónimo disse...

O problema, caro António Justo, é este: a religião, por ser uma mentira induzida, que camufla outra coisa que de facto se passou, não é compatível com a Democracia. Democracia, verdadeira democracia, é o contrário de obrigatoriedade teocrática, que é o que as religiões, todas elas, são. E então é assim: o cristianismo, que está em vias de acabar, vivendo paredes meias com a democracia, é vulnerável a ataques sórdidos, como bem diz, de pseudo-progressistas que não são mais que fascistas do outro lado do espelho. O islamismo, como não vive paredes meias com a democracia, tem o vigor da barbárie. Que é violencia e só violencia. Daí que vá triunfar - até que se auto-destruirá, pois não resistirá ao "discurso tecnológico" inevitável na modernidade. O cristianismo colocou a corda na própria garganta por quase desde o princípio, com o político Paulo (anti-Pedro) e asseclas e finalizando em Constantino, e por ser um aparelho de domínio e não de ética e de amor ao próximo, que só existia na retórica. Veja-se, como exemplo, que até no chamado caso Fátima, que o Papa sabe bem o que foi (outer space)por ter sido bem informado pela Sodalitio Pianum, mentiram e continuam a mentir para incentivarem o fanatismo mariano (e nem as ditas indicações da "nossa senhora" cumpriram, eles que dizem adorá-la...

Não tenha amargura, caro António Justo, o desaparecimento do cristianismo, a que se seguirá o desaparecimento do fascismo islamita, será um bem para a humanidade. O que é preciso é que saibamos desautorizar os fanáticos do outro lado, os tais que difamam a religião para difamarem a verdade do Homem. E saiba que de facto Cristo existiu, embora não fôsse o que nos quiseram fazer crer. "Man with a mission", que era como os "deuses" se apresentavam.

Vicente Páscoa

Unknown disse...

"a religião, por ser uma mentira induzida, que camufla outra coisa que de facto se passou, não é compatível com a Democracia"

Curiosamente Nietzsche, não exactamente conhecido pelo seu amor ao cristianismo e à democracia, dizia que esta era a exppressão profana do cristianismo.
Enfim, há religiões e religiões e o cristianismo, queira-se ou não, é uma das matrizes da civilização ocidental. Todas as civilizações têm a montante, uma religião e os seus princípios de bem e mal.
Sem eles, apenas existe o niilismo...

Anónimo disse...

Eu diria de outro modo, caro José Carmo; foi matriz para se conseguir "isto", esta civilização ocidental que, a par de catedrais e quadros bonitos, matou milhões ao ter na repressão sexual (que é o factor da avidez, pois como São Bento Labre disse, "não amas, logo juntas dinheiro paras sentires o sentimento do sol") o seu cerne. A religião dita cristã, melhor se diria católica, (de catholiké, domínio universal) tem o seu vector na hipocrisia, enquanto a islamita o tem na violencia fanática. Ambas repelentes, ambas a pique depois de terem feito sofrer a humanidade durante centenas de anos. O mundo precisa é de algo que tenha como base a ética e a doação límpida e lúcida, não a vénia a uma sombra repugnante a que os seus delegados/criados chamam deus para se servirem desse alibi e torturarem o ser humano. Não, não ser adepto de cruéis encenações fraudulentas não é desejar-se o niilismo. Niilistas são eles, que não têm amor pelo Mundo, substituindo-o pela babugem a uma sombra mentirosa e maléfica que os seus apaniguados erguem para chularem o Homem.

Vicente Páscoa

Unknown disse...

Caro Páscoa, está a confundir a teologia com a praxis.
Não sou cristão mas sei distinguir entre doutrina e instituições.
Os valores cristãos são inatacáveis. As práticas dos homens são como todas as práticas humanas: sujeitas ao erro e ao abuso.
O curioso ( e contraditório) é que o Páscoa tem um discurso prenhe de juizos éticos e morais e nem sequer se apercebe que as suas noções de "justo" e "injusto", "mal" e "bem", as deve justamente à doutrina que ataca.

Ou acha que essas noções nasceram consigo?

Anónimo disse...

Caro José Carmo: não, não nasceram comigo. Mas estão em mim sem eu ter tido necessidade de pedir ao Papa (de qualquer fideísmo) licença para as ter. Porque isso vive no Homem, tal como o que é negativo. E compete-nos, através de vivencias ver ou tentar ver certo. Não sou eu que digo que as instituições são a imagem terrena desse deus de que se reclamam: SÃO ELES. Ou já esqueceu que, em tempos sinistros, duvidar dum padre ou antístene relapso era duvidar de Deus e, por isso, ser preso ou ir para a fogueira? A velha desculpa de que uma coisa é a doutrina e outra a prática que se faz dela é isso mesmo, uma desculpa para se poder dizer "faz o que eu digo, não faças o que eu faço"... Não há nada mais forte que um facto, dizia Camus - que não era nem beato nem niilista - e os factos aí estão: uma doutrina tão fraca, tão nefasta, que fez sempre dos que se dizem seguidores de Cristo os seus mais seguros coveiros. Ele nunca propôs uma igreja - eles fizeram-na; nunca propôs uma autoridade e uma imposição - eles estabeleceram-na. Criaram um monstro que nada tem decorrente do "amor ao próximo", que era a doutrina nuclear do Nazareno. Poder, apenas - ainda que o disfarcem com palavras bonitas como é hábito de muitos sectores e de tonsurados ou não. Basta ler-se a História, não de marxianos ou de asseclas, para se saber o que de facto foi a prática vaticanista e dos que dependem dela e da sua "religiosidade íntegrada". E os chefes ou adeptos islamitas, no seu campo, têm a mesma retórica de imposição. "Les beaux esprits se rencontrent"...

Abraço, V.P.

Unknown disse...

"não nasceram comigo. Mas estão em mim"

Se não nasceram consigo mas estão em si, de onde vieram?


"Porque isso vive no Homem"

E como explica que os seus valores sejam diferentes dos de homens de outras culturas?


"Ele nunca propôs uma igreja - eles fizeram-na; nunca propôs uma autoridade e uma imposição - eles estabeleceram-na"

Ou seja, em poucas linhas recusa a separação entre a doutrina e a praxis e logo a seguir estabelece a separação entre a doutrina e a praxis. Eis o que você conclui: "Criaram um monstro que nada tem decorrente do "amor ao próximo", que era a doutrina nuclear do Nazareno."
Então afinal sempre há uma diferença, hem?

Quanto à comparação entre cristianismo e islão, é óbvio que está muito mais preocupado em atacar os valores da sua própria civilização do que em analisar seriamente o sistema de crenças e valores que mais a ameaça.

Comece pelas principais diferenças:
A oração principal do cristianismo é "perdoai a quem nos tem ofendido". A do Islão é " Deus é Grande e o resto pode resumir-se em " e ai de quem não acredite nisto"

Cristo manda dar a outra face, Alá manda matar os infiéis.

No cristianismo, Deus e César regulam e esferas diferentes, no Islão, Deus é César.

E acha você que são iguais? Não vê que o sistema de valores do Islão é directamente responsável pela agressividade, violência, atraso e intolerância das sociedades islâmicas? E que foi o sistema de valores judaico-cristãos que possibilitou a emergência da sociedades abertas e afluentes, nas quais vive?

Anónimo disse...

Os valores, positivos, que existem liminarmente hoje foram ganhos sempre em oposição à praxis dita cristã. A doutrina era ultrapassada por esta, ou mesmo subvertida. Para que o Poder de facto tivesse lugar eficaz.
Não é verdade e você sabe-o que eu esteja mais interesado em atacar os "valores ocidentais" que os outros. Não foi o sistema de valores "judaico-cristãos" que permitiu a emergencia de sociedades abertas, mas o seu ultrapassar pela ascensão da ética, da modernidade e da razão não-autoritária.
Basta ver o que sempre foi a prática "cristã", que nada tem de facto a ver com Cristo (o que sai da sua mensagem). Eu não separo doutrina e praxis para a seguir as separar. Quem o faz são eles, mediante a hipocrisia que de facto lhes permite dizer e propor dar a outra face mas, no passado próximo, reprimir sempre (pois tinha força)o que saía dos códigos autorizados(que convinham aos chefes romanos e mesmo locais). A questão é: hoje o Islão, que sempre propôs coisas muito feias, tem força para as levar à prática; o cristianismo perdeu a força e, por isso, hoje não pode agir como outrora.
E resumindo: eu não ataco - constato.
E lamento que, apesar de saber as minhas opiniões sobre a brutalidade islâmica me faça a acusação de ser mais tolerante com eles do que com os de Roma. E a questão final é: ambos "são maneiras de matar pulgas" - os islamitas fazem-no despejada e brutalmente, os outros quando dispunham de possibilidade faziam-no usando o constrangimento mais delicado da hipocrisia melíflua.Métodos de gerir o bolo... Mas ambos são e foram máquinas de desmiolar. E o resto é retórica que não encontra corroboração na realidade histórica dos factos.
Saudações, VP.

Nota - Eu digo bem explicitamente Homem. Homem, repito. E a seguir faz-me observação sobre "homens", de outras culturas. E isso não cabe no que referi, claramente.