Quando, nos princípios do século em que nos
encontramos, num dos mais conhecidos blogs portugueses da altura – foi o tempo mais ou
menos heróico em que apenas o arqui-famoso “Barnabé” nos levava claramente a
palma no ranking da blogosfera –
escrevi que o defuncionado ex-“dirigente” da Líbia não passava de um
delinquente de direito comum elevado pelas torções da História ao papel de
grande-chefe, um coro de protestos, oriundo de uma pseudo-esquerda no género da
que em anos férteis tecia louvores a Stalin e a Beria, caiu-me em cima com o
intuito, sei lá, de me desvirginarem politicamente…
Um deles, mesmo (cujo nome nunca direi,
talvez por pura comiseração) e que usava pavonear-se com a designação de poeta,
chegou a aventar a ideia, ou a proposta – se assim se poderá designar… – de que seria interessante amaciarem-me as
costelas com um par de afagos certeiros, o que daria conforto a todos os que
eram adeptos dos amanhãs que cantavam.
(No entanto, ninguém seguiu os salutares
propósitos do dito bisnau e alguns terão quiçá, prudentemente, lembrado ao de
leve o facto de que eu fora nos tempos de menino e moço vice-campeão ibérico de
pugilismo militar, meios-médios ligeiros, o que é sempre uma desilusão para
guerrilheiros amadores).
Bom… mas adiante.
E eis senão quando a publicista francesa
Annick Cojean, de forma significativa, vem dar estas achegas à História e,
dentro dela, à petite histoire mais nauseabunda.
Mas, contudo, poderosamente esclarecedora
sobre os hábitos deste herói progressista – modelo de outros ainda que menos
operativos…
“Um novo livro
sobre Muamar Khadafi faz revelações bombásticas sobre a forma como o antigo
ditador líbio satisfazia os seus mais secretos desejos sexuais. A jornalista do
«Le Monde», Annick Cojean, conta como Khadafi raptava e violava jovens para se
satisfazer sexualmente.
Para fazer estas revelações, Annick Cojean dá voz a Soraya, uma menina levada para o harém de Khadafi quando tinha apenas 15 anos. Nessa altura, ela foi «escolhida» pelo antigo ditador durante uma visita que fez à escola onde a jovem estudava: quando ela lhe ofereceu um ramo de flores, ele colocou-lhe a mão sobre a cabeça, num ato paternalista. Esse era o sinal para os seguranças que o seguiam de que aquela menina tinha sido escolhida.
No dia seguinte, os homens de Khadafi foram buscar Soraya ao salão de cabeleireiro da mãe. Durante sete anos, conta que foi violada, espancada, forçada a consumir álcool e cocaína e depois integrada nas tropas das «amazonas» de Khadafi.
«Ele violou o meu corpo, mas perfurou também a minha alma com um punhal. A lâmina nunca saiu», conta Soraya no livro de Cojean.
Inúmeras mulheres, provavelmente dezenas ou mesmo centenas terão tido o mesmo destino de Soraya. Talvez nunca se saiba ao certo, já que o assunto ainda é tabu na Líbia.
No livro «O Harém de Khadafi», Annick Cojean diz que procura devolver um pouco de dignidade a mulheres cuja vida foi destruída por um monstro. A jornalista esteve meses em Tipoli para investigar a história de Soraya e diz que encontrou uma sociedade decadente, corrompida pelo crime e pela prostituição.
No livro, cujos excertos são avançados esta quinta-feira pela imprensa mundial, conta-se que Khadafi também abusaria de rapazes, em frente ao seu harém. O livro relata ainda os abusos de álcool, droga, tabaco e Viagra. Conta ainda como Khadafi usava as mulheres para se satisfazer sexualmente, mas também para exercer o poder: ao raptar as mulheres, o ditador subjugava os homens que estavam perto delas, como os maridos ou os pais.
Para fazer estas revelações, Annick Cojean dá voz a Soraya, uma menina levada para o harém de Khadafi quando tinha apenas 15 anos. Nessa altura, ela foi «escolhida» pelo antigo ditador durante uma visita que fez à escola onde a jovem estudava: quando ela lhe ofereceu um ramo de flores, ele colocou-lhe a mão sobre a cabeça, num ato paternalista. Esse era o sinal para os seguranças que o seguiam de que aquela menina tinha sido escolhida.
No dia seguinte, os homens de Khadafi foram buscar Soraya ao salão de cabeleireiro da mãe. Durante sete anos, conta que foi violada, espancada, forçada a consumir álcool e cocaína e depois integrada nas tropas das «amazonas» de Khadafi.
«Ele violou o meu corpo, mas perfurou também a minha alma com um punhal. A lâmina nunca saiu», conta Soraya no livro de Cojean.
Inúmeras mulheres, provavelmente dezenas ou mesmo centenas terão tido o mesmo destino de Soraya. Talvez nunca se saiba ao certo, já que o assunto ainda é tabu na Líbia.
No livro «O Harém de Khadafi», Annick Cojean diz que procura devolver um pouco de dignidade a mulheres cuja vida foi destruída por um monstro. A jornalista esteve meses em Tipoli para investigar a história de Soraya e diz que encontrou uma sociedade decadente, corrompida pelo crime e pela prostituição.
No livro, cujos excertos são avançados esta quinta-feira pela imprensa mundial, conta-se que Khadafi também abusaria de rapazes, em frente ao seu harém. O livro relata ainda os abusos de álcool, droga, tabaco e Viagra. Conta ainda como Khadafi usava as mulheres para se satisfazer sexualmente, mas também para exercer o poder: ao raptar as mulheres, o ditador subjugava os homens que estavam perto delas, como os maridos ou os pais.
(dos jornais)
Nota – Em
breve – ultrapassando este período em que o Tempo e o nosso tempo foi fértil em
assuntos momentosos que fazia sentido relevarem-se – voltaremos o enfoque para
as artes & letras, nomeadamente através de figuras cujo labor artístico de
primeira água faz a diferença em lugares como o Brasil, França, Espanha,
Portugal…
1 comentário:
desperta-me mais interesse comparar a vida dia a dia dos libios com Kadafi e agora com ingleses e franceses a explorar o petroleo. tambem ajuda para quem gosta de dar opinioes abalizadas fazer um a visita aos locais e conferir se o que debita tem conrespondencia ou é exercicio de narrativa,pura narrativa.Porquea universidade de Eastanglia-Inglaterra recebeu milhoes do "amigo" Kadafi para que ofilho estudasse lá,mesmo que aproveitasse as virgens para umas farras valentes nos safaris ao deserto.
Enviar um comentário