quarta-feira, 5 de junho de 2013

Senilidade? Cegueira? Ou...?




O que pode justificar o que se segue, quando 80% dos franceses se declara ansiosa por ver Hollande pelas costas e Sarkozy, aproveitando a maré, parece preparar o regresso?

Soares tem esperança em Hollande nesta crise económica

O antigo Presidente da República Mário Soares manifestou hoje esperança no papel do chefe de Estado francês, François Hollande, no atual "momento de crise económica".

Após a entrega a Hollande do prémio Félix Houphouet-Boigny, na sede da UNESCO, em Paris, Mário Soares, manifestou o seu "sentimento de profunda satisfação" pela escolha do Presidente francês.

Mário Soares agradeceu ainda à diretora-geral da UNESCO pelo apoio que dá ao prémio que reconhece as intervenções que contribuem para a paz e estabilidade, que no caso da intervenção francesa no Mali "evitou a destabilização deste país".

O antigo Presidente da República português é presidente e membro do júri deste prémio que a UNESCO atribui anualmente a uma personalidade internacional.

Em discurso, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, destacou a mobilização pessoal de François Hollande que promove a solidariedade entre os Estados.

Dioncounda Traoré, presidente do Mali, agradeceu a Hollande e a uma França de liberdade igualdade e fraternidade a intervenção no Mali.

Durante a cerimónia discursaram vários chefes de Estado africanos, a diretora-geral da UNESCO, Mário Soares e François Hollande.

Este prémio da UNESCO já foi atribuído a vários antigos chefes de Estado, casos de Lula da Silva (Brasil), Xanana Gusmão (Timor-Leste) e Nelson Mandela (África do Sul).


O presidente da República francês, François Hollande, recebeu o prémio Félix Houphouet-Boigny a título pessoal pela sua visão humanista de relações internacionais que contribui para a paz e estabilidade em África.

1 comentário:

Anónimo disse...

Há inúmeras razões para perceber que este senhor Mário Soares, que se tem dito laico, na verdade tem uma mentalidade fideísta. Substituiu o culto de um pretenso "ser supremo" pela crença numa sociedade de apaniguados, de áulicos, de apoiantes acocorados de que ele e os seus asseclas seriam os sacerdotes ou, mesmo, os pequenos deuses civis. Aliás, para quem conheceu o "socialismo soarista", entende que essa "associação de interesses políticos" funcionava verdadeiramente como uma "igreja laica", com os mesmos tiques oportunistas e hipócritas dum Vaticano ou duma URSS estalinista e fascista-vermelha. Todos os marxianos, mesmo envergonhados ou lábeis, como os soarantes, são partidários das "expectativas de milagre" tão bem definidas por J.Gaillard Nogueira. O que torna Soares específico é a sua vaidade, a sua insensatez acentuada pela senilidade e a sua feição pedante e julgando os outros todos como servos ou tributários do seu autoritarismo, bem camuflado e bem disfarçado para razões de domínio. A História vai ser dura com ele, mais as coisatas mal explicadas (Emáudios, caso Mateus e outras gangadas não esclarecidas neste país que o tem tido como mandão inimputável). Hollande é para ele um pretexto para perorar. No fundo ele é um aventureiro da política e um manobrador hábil. O futuro mostrará como este homem sempre foi um oco e um palrador que se aproveitou de circunstancias históricas e sociais que lhe beneficiaram a pose de "estátua de pás de barro".

Alfredo Miguéis