sexta-feira, 6 de abril de 2012

FUI AO NORTE VIM AO NORTE...


Têm os protagonistas da bambochata andado por aí em bolandas, muito preocupados ainda que razoavelmente tafuis tecendo comentários, alguns inegavelmente inteligentes, sobre as escaramuças do nosso Marcelo com o não menos nosso A.J.Seguro – que com postura alevantada e mesmo varonil veio dizer-se magoado (xingado?) pelo arqui-comentador que mais uma vez, com a malícia de bom porte que se lhe reconhece, resolveu fazer das suas para lançar a confusão nas hostes que tentam vicejar-se pós-socráticas.
   Dá-me a impressão que Seguro foi no bote. Se calhar teria sido melhor, desenfastiadamente, dar de ombros e dizer com cinismo encenado “Deixem lá… É mais uma das pirraças do comentador-geral…”, arrumando provisoriamente o antigo e apreciado “Maquiavel à moda do Minho” como, com chiste, em tempos já não sei quem lhe chamou. O líder da facção não-socrática, contudo, embandeirou em arco e pôs-se fero seguido por um punhado de correligionários donde estava ausente, claro, o inefável Lello e outros parceiros da mesma lavra.
  Marcelo deve-lhe ter caído um dente de satisfação, pois o seu objectivo eventual teria sido atingido: cascar mais uma no partido que não o deverá apoiar na sua sonhada subida a Belém, pondo mais uma acha na fogueira do derby “Lisboa versus Paris” em que os órfãos do Pai Soares andam enfronhados.
  Batalhas de alecrim e manjerona bem portuguesas ou a nobre fatalidade em que os nossos homens públicos nos mergulham sistematicamente?
  Bom, adiante…
  Para carrear as Boas Festas que vos desejo a todos, amigos, inimigos e confrades de destino sulista, aqui vos deixo este poeminha em tom luso feito depois de viagem para os belos lugares onde uso gozar a Páscoa.
  O abraqson proverbial, pascalino, do vosso et nunc et semper
  ns


 ... lá do Sul que longe fica.
 Fiquei mais perto de Espanha
 mais pertinho da Galiza.
 E num recanto da Serra
 lá na curva duma estrada
 vi uma aldeia no fundo
 para ser fotografada
 Ficou aqui a presença
 - a presença e a figura -
dum lugar de muito enlevo
e de muita formosura
Aldeia que tens na serra
no vale onde cresce a urze
tuas casas teu perfil
que ninguém de ti abuse
Que nunca o mal te destrua
- nem a água nem as chamas -
que sejas sempre gentil
mesmo pobre e quase nua
mesmo sem riqueza ou famas
Estava sol fazia sol
para seres fotografada
numa curva do caminho
mesmo à beirinha da estrada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa. Eu às vezes fico estupefacto com a importancia que dão às caturrices ou às piadas deste sujeito de língua meio entaramelada. Só numa república deste calibre é que não se percebe que este publicista é uma função, uma caricatura. Lá nos brasis havia o Millor, cá é este mangas. Convenhamos que é muito desnivelante.
Dom Bibas