Têm os protagonistas da bambochata andado por aí em bolandas, muito
preocupados ainda que razoavelmente tafuis tecendo comentários, alguns inegavelmente
inteligentes, sobre as escaramuças do nosso Marcelo com o não menos nosso
A.J.Seguro – que com postura alevantada e mesmo varonil veio dizer-se magoado (xingado?)
pelo arqui-comentador que mais uma vez, com a malícia de bom porte que se lhe
reconhece, resolveu fazer das suas para lançar a confusão nas hostes que tentam
vicejar-se pós-socráticas.
Dá-me a impressão que Seguro
foi no bote. Se calhar teria sido melhor, desenfastiadamente, dar de ombros e
dizer com cinismo encenado “Deixem lá… É
mais uma das pirraças do comentador-geral…”, arrumando provisoriamente o
antigo e apreciado “Maquiavel à moda do
Minho” como, com chiste, em tempos já não sei quem lhe chamou. O líder da
facção não-socrática, contudo, embandeirou em arco e pôs-se fero seguido por um
punhado de correligionários donde estava ausente, claro, o inefável Lello e
outros parceiros da mesma lavra.
Marcelo deve-lhe ter caído um
dente de satisfação, pois o seu objectivo eventual teria sido atingido: cascar mais uma no partido que não o
deverá apoiar na sua sonhada subida a Belém, pondo mais uma acha na fogueira do
derby “Lisboa versus Paris” em que os órfãos do Pai Soares andam enfronhados.
Batalhas de alecrim e manjerona bem portuguesas ou a nobre fatalidade em que os
nossos homens públicos nos mergulham sistematicamente?
Bom, adiante…
Para carrear as Boas Festas que
vos desejo a todos, amigos, inimigos e confrades de destino sulista, aqui vos
deixo este poeminha em tom luso feito depois de viagem para os belos lugares
onde uso gozar a Páscoa.
O abraqson proverbial, pascalino,
do vosso et nunc et semper
ns
... lá do Sul que longe fica.
Fiquei mais perto de Espanha
mais pertinho da Galiza.
E num recanto da Serra
lá na curva duma estrada
vi uma aldeia no fundo
para ser fotografada
Fiquei mais perto de Espanha
mais pertinho da Galiza.
E num recanto da Serra
lá na curva duma estrada
vi uma aldeia no fundo
para ser fotografada
Ficou aqui a presença
- a presença e a figura -
dum lugar de muito enlevo
e de muita formosura
- a presença e a figura -
dum lugar de muito enlevo
e de muita formosura
Aldeia que tens na serra
no vale onde cresce a urze
tuas casas teu perfil
que ninguém de ti abuse
no vale onde cresce a urze
tuas casas teu perfil
que ninguém de ti abuse
Que nunca o mal te destrua
- nem a água nem as chamas -
que sejas sempre gentil
mesmo pobre e quase nua
mesmo sem riqueza ou famas
- nem a água nem as chamas -
que sejas sempre gentil
mesmo pobre e quase nua
mesmo sem riqueza ou famas
Estava sol fazia sol
para seres fotografada
numa curva do caminho
para seres fotografada
numa curva do caminho
mesmo à beirinha da estrada.
1 comentário:
Boa. Eu às vezes fico estupefacto com a importancia que dão às caturrices ou às piadas deste sujeito de língua meio entaramelada. Só numa república deste calibre é que não se percebe que este publicista é uma função, uma caricatura. Lá nos brasis havia o Millor, cá é este mangas. Convenhamos que é muito desnivelante.
Dom Bibas
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