No 31 da Armada:
Soares não é fixe
Podia alegar falta de paciência para
assistir à chumbada da cerimónia evocativa do 25 de Abril, que atura
há 38 anos. Seria perfeitamente atendível.
Podia alegar o nojo sentido pelo resultado
desastroso da governação dos seus amigos e correligionários. Seria obviamente
compreensível.
Ao invés, optou por justificar a sua
ausência com a discordância em relação aos caminhos escolhidos pelo actual
governo. Pelo governo que é suportado por uma maioria parlamentar
plenamente legitimada pelo voto popular. Pelo governo que há 309 dias não olha
a esforços para resgatar rapidamente a nossa soberania, executando com
rigor o programa aprovado na Assembleia da República e os dítames do contrato
de hipoteca de Portugal ao estrangeiro, que foi corolário da desgovernação
socialista.
Tal como acontecia com as suas referências
ideológicas da velha república, para Soares, a democracia só existe quando ele
e os amigalhaços estão no poder. Até no resultado há semelhança: Os primeiros
levaram Portugal a uma ditadura de 48 anos, os amigalhaços de Soares
aniquilaram a nossa independência, sabe Deus por quanto tempo.
Os nossos deputados
descubra as diferenças
No Expresso: "Ex-primeiro-ministro islandês culpado por
esconder a crise."
No JN: "Ex-primeiro-ministro islandês é culpado, mas
livra-se da prisão".
No Económico: "Ex-primeiro-ministro islandês culpado por
negligência".
No Correio
da Manhã: "Tribunal condena
primeiro-ministro".
No Sol: "Ex-PM islandês parcialmente culpado pela crise".
No DN: "Tribunal inocenta ex-chefe do Governo".
No Público: "Antigo primeiro-ministro da Islândia
absolvido".
Califórnia como reflexo do futuro
Um dos principais temas da campanha
americana será precisamente o papel que o estado deve desempenhar na sociedade
e na economia. Vai ser aí que Obama e Romney vão centrar os seus discursos,
sabendo à
priori que o estado federal está prestes a falir,
em virtude dos défices exagerados e da dívida acumulada nos últimos anos.
Com o crescimento previsível nas despesas sociais, como na Segurança Social e
nos programas de saúde Medicare e Medicaid, os Estados Unidos no final da
década estarão numa situação idêntica à dos países do Sul da Europa, onde infelizmente
incluímos Portugal. Mas não é preciso perspectivar muito do que poderá
acontecer se os Estados Unidos prosseguirem o caminho preconizado pela
Administração Obama, que aumentou mais em três anos a dívida pública do que o
também despesista George W. Bush em oito anos. Consideremos a Califórnia.
A Califórnia, que apesar do vigor de
Sillicon Valey e de empresas como a Google, Facebook ou Apple, encontra-se numa
situação de pré-falência e decadência acelerada. As políticas progressistas,
que engordaram o estado, distribuíram milhões de dólares pela dita
"economia verde" e colocaram barreiras inconcebíveis às empresas,
empurraram o estado para o declínio. Pela primeira vez desde que está na
União, a Califórnia tem vindo a perder população para estados com economias
mais vibrantes, como o Texas, o Arizona ou o Utah, e na última década a criação
de emprego estagnou e a pobreza aumentou. Segundo este artigo de Joel
Kotkin, são cada vez mais os californianos que vivem sem pagar impostos e que
estão dependentes dos programas sociais e do Medicaid (programa federal de
apoio na saúde aos mais desfavorecidos). A taxa de desemprego é a terceira mais
elevada do país. O estado que cresceu, demograficamente e economicamente, mais
nos últimos 100 anos está em total declínio. E como isso foi possível? Seguindo
uma receita falhada e que Obama persiste em estender a toda a América. Se os
americanos quiserem saber como será o futuro este presidente? Que olhem para a
Califórnia.
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