sábado, 28 de abril de 2012

Três textos e um testemunho




Soares não é fixe
Podia alegar falta de paciência para assistir à chumbada da cerimónia evocativa do 25 de Abril, que atura há 38 anos. Seria perfeitamente atendível.

Podia alegar o nojo sentido pelo resultado desastroso da governação dos seus amigos e correligionários. Seria obviamente compreensível.

Ao invés, optou por justificar a sua ausência com a discordância em relação aos caminhos escolhidos pelo actual governo. Pelo governo que é suportado por uma maioria parlamentar plenamente legitimada pelo voto popular. Pelo governo que há 309 dias não olha a esforços para resgatar rapidamente a nossa soberania, executando com rigor o programa aprovado na Assembleia da República e os dítames do contrato de hipoteca de Portugal ao estrangeiro, que foi corolário da desgovernação socialista.

Tal como acontecia com as suas referências ideológicas da velha república, para Soares, a democracia só existe quando ele e os amigalhaços estão no poder. Até no resultado há semelhança: Os primeiros levaram Portugal a uma ditadura de 48 anos, os amigalhaços de Soares aniquilaram a nossa independência, sabe Deus por quanto tempo.

Os nossos deputados 

descubra as diferenças
No Expresso: "Ex-primeiro-ministro islandês culpado por esconder a crise."
No JN: "Ex-primeiro-ministro islandês é culpado, mas livra-se da prisão".
No Económico: "Ex-primeiro-ministro islandês culpado por negligência".
No Correio da Manhã: "Tribunal condena primeiro-ministro".
No Sol: "Ex-PM islandês parcialmente culpado pela crise".

No DN: "Tribunal inocenta ex-chefe do Governo".
No Público: "Antigo primeiro-ministro da Islândia absolvido".

Califórnia como reflexo do futuro
Um dos principais temas da campanha americana será precisamente o papel que o estado deve desempenhar na sociedade e na economia. Vai ser aí que Obama e Romney vão centrar os seus discursos, sabendo à priori que o estado federal está prestes a falir, em virtude dos défices exagerados e da dívida  acumulada nos últimos anos. Com o crescimento previsível nas despesas sociais, como na Segurança Social e nos programas de saúde Medicare e Medicaid, os Estados Unidos no final da década estarão numa situação idêntica à dos países do Sul da Europa, onde infelizmente incluímos Portugal. Mas não é preciso perspectivar muito do que poderá acontecer se os Estados Unidos prosseguirem o caminho preconizado pela Administração Obama, que aumentou mais em três anos a dívida pública do que o também despesista George W. Bush em oito anos. Consideremos a Califórnia. 

A Califórnia, que apesar do vigor de Sillicon Valey e de empresas como a Google, Facebook ou Apple, encontra-se numa situação de pré-falência e decadência acelerada. As políticas progressistas, que engordaram o estado, distribuíram milhões de dólares pela dita "economia verde" e colocaram barreiras inconcebíveis às empresas,  empurraram o estado para o declínio. Pela primeira vez desde que está na União, a Califórnia tem vindo a perder população para estados com economias mais vibrantes, como o Texas, o Arizona ou o Utah, e na última década a criação de emprego estagnou e a pobreza aumentou. Segundo este artigo de Joel Kotkin, são cada vez mais os californianos que vivem sem pagar impostos e que estão dependentes dos programas sociais e do Medicaid (programa federal de apoio na saúde aos mais desfavorecidos). A taxa de desemprego é a terceira mais elevada do país. O estado que cresceu, demograficamente e economicamente, mais nos últimos 100 anos está em total declínio. E como isso foi possível? Seguindo uma receita falhada e que Obama persiste em estender a toda a América. Se os americanos quiserem saber como será o futuro este presidente? Que olhem para a Califórnia.


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