(imagem obtida aqui)
A propósito da visita de agradecimento a Portugal do Ministro dos Negócios Estrangeiros palestiniano, transcrevo este artigo de Alberto Gonçalves, no DN, publicado dias atrás:
"Nascida"
na sequência da Guerra dos Seis Dias, a Palestina é uma artimanha, uma
estratégia de afronta, um instrumento político. Curiosamente, durante décadas
foi um instrumento ao serviço da propaganda "sionista", ou pelo menos
assim o garantiam inúmeros representantes árabes e os historiadores menos
inclinados para o lado israelita da história. Basta ler uns livrinhos para
perceber que, enquanto lhes deu jeito, isto é, sobretudo até 1948, os vizinhos
de Israel deram-se a consideráveis trabalhos para desvalorizar a ideia de um
povo independente, ou sequer específico, chamado palestiniano. A opinião
consensual era a de que tal povo não era mais do que parte integrante da Síria,
e sírios, ou em certos casos turcos, era aquilo que os próprios
"palestinianos" se achavam. Depois veio Israel, as ofensivas falhadas
contra Israel e, à custa do terrorismo de Arafat e, posteriormente, do Hamas,
legitimou-se uma nação inventada sobre o racismo e a opressão das minorias, que
pelos vistos só importam às vezes.
Esta
semana, o nosso parlamento congratulou-se por unanimidade com o voto favorável
de Portugal à admissão da Palestina como Estado observador da ONU. Qualificar o
voto e os deputados que o festejaram implicaria o uso de linguagem inadequada a
um jornal sério.
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