Henrique Raposo, no Expresso:
Não invento, veio no jornal. No ano passado, um ser de 22 anos partiu o braço esquerdo, queimou os olhos, pés e lábios de um bebé de um ano. O ser ainda pontapeou o seu pequeno enteado nas pernas, nas costas e nos órgãos genitais. As marcas duraram 113 dias (internamento hospital). Na sexta-feita, o ser foi colocado em liberdade. Um indivíduo chamado Jorge Melo, juiz da 8.ª Vara Criminal, deu como provados os actos de violência, mas assinou uma pena suspensa; este juiz da República disse que estávamos perante um situação atroz e até afirmou que o réu mostrou indiferença perante os seus actos, mas não o puniu com prisão efectiva. Porquê? "O tribunal acredita que o simples risco de prisão é suficiente para não repetir crimes". Quando ouviu isto, o réu começou a rir.
Sim, Portugal está doente, mas a doença não é económica. É de outra espécie .
2 comentários:
Têm estado a multiplicar-se os casos de criminosos provados que, ou por absolvição pura e simples ou por colocação de medidas prévias as menos gravosas, os "magistrados" colocam em liberdade.
Baseado no que tenho analisado do Sistema Judicial,digo que isto não sucede por acaso: reafirmo, por ter dito isso anteriormente no meu "O crime e a sociedade", com soma de pormenores, que tal é propositado. Através dessas acções, esses "magistrados" buscam sedimentar na sociedade portuguesa um clima de instabilidade, confusão, medo e depressão societária, no sentido de se agravar a componente ambiental fascista, que já é cripto-fascista. Se eu fosse ingénuo diria aqui, com força, que o Conselho Superior de Magistratura devia investigar com prioridade estes casos. Assim, como não sou, antes sendo um patriota democrata, digo que só quando grupos de cidadãos chamarem a intervir o Tribunal Penal Internacional (uma vez que o que aqui está em causa são crimes contra a Humanidade) estas acções subversivas e anti-democráticas pararão e serão quiçá punidas.
Viva Portugal, viva a real Democracia!
nicolau saião (ns)
Subscrevo!
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