Neste nosso (façamos de conta) Portugal, o disparate tornou-se endémico. Qualquer artolas diz qualquer coisa e uma caixa de ressonância de infinitos mas não menos encanudados artolas amplifica e 'aperfeiçoa' a calinada.
Pareceria razoável haver esperança que, tornado patente o disparate, as coisas se aplacassem apurando-se-se as inevitáveis ilações, mas assim não é. O disparate volta de novo, ainda mais disparatado, e, novamente as caixas de ressonância voltam a gongar para, novamente, serem desmascaradas.
E ficará a coisa, desta vez, por aqui? Não. Nem pensar. Voltará
certamente a exercitar-se a tentativa de desempenamento do somatório dos
anteriores disparates por via de novo e mais-que-perfeito disparate.
Ponham-e agora na posição de um potencial investidor, dos que Portugal
tanto precisa para ver se alguém consegue começar a trabalhar para criar
alguma da riqueza que, irremediavelmente e numa primeira e longa fase,
permitiria aplacar os credores que não mais estão dispostos a alinhar no
nosso regabofe de investimentos estatais "virtuosos". Que povo,
pensarão eles, será aquele, que não se governa, que não se deixa
governar, mas que insiste em governar-se por conta dos dinheiros alheios
e que tudo tempera com orgias de parvoeira num estratosferico vórtice?
Pretenderá em particular esta especial-e-detentora-de-canudos-sem-fim
tuga gente, chegar à estratosfera para de lá declarara que algo de
errado se passa com os "especuladores" por lá se sentir uma tremenda
falta de ar? E, pensarão ainda os "tenebrosos" capitalistas, se são os
mais supremamente encanudados os mais afoitos luso-cosmonautas, como
raios-e-coriscos serão os outros?
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