Ouvi eu, com estes que a terra há-de comer, num debate
transmitido, poucos dias atrás, num dos três canais noticiosos televisivos,
entre Francisco Assis, Ângelo Correia, Ribeiro e Castro e Francisco Louçã, o
ex-coiso do BE afirmar, africano no europeu, algo que jamais lhe passou pela
cabeça dizer anteriormente em público, no parlamento ou fora dele: que os
portugueses consomem medicamentos a mais e que aquilo em que ele se opõe à
política do governo é somente o facto de este retirar aos mais humilhados e
oprimidos a possibilidade de tomarem aqueles de que necessitam.
Gostaria de haver anotado tudo aquilo que, de há dois
meses para cá, fui apanhando da boca de políticos e jornalistas deste país, que
dão bem a medida dos “políticos” e “jornalistas” que dominam o “país”. Não tive
tempo para isso e muito menos para o deixar aqui registado.
Mas ontem, quando os órgãos de “comunicação” amplificaram o
babujar de Mário Soares que, qual malandro sul-americano ou padrinho mafiento, sugere,
por acção de interposto povo indignado, a eventualidade de uma futura-próxima
ameaça à integridade física do primeiro-ministro, julgo que não restam a
ninguém quaisquer dúvidas sobre a natureza e a qualidade dos vermes que refocilam
na lixeira que criaram e que se dispõem a proteger o seu habitat contra
qualquer tentativa de alterar o ambiente que lhes serve e os serve.
E que, afinal, não preciso de dizer mais.
1 comentário:
Soares, mais despejado e cínico que senil, é no dizer de muitos um verdadeiro díscolo. Leiam o livro de Rui Mateus, que o desmascarou liminarmente e depois não terão quaisquer dúvidas de que o velhorro é capaz de tudo. Uma jóia...socialista!
Meira Godinho
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