terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Do intolerável





Ouvi eu, com estes que a terra há-de comer, num debate transmitido, poucos dias atrás, num dos três canais noticiosos televisivos, entre Francisco Assis, Ângelo Correia, Ribeiro e Castro e Francisco Louçã, o ex-coiso do BE afirmar, africano no europeu, algo que jamais lhe passou pela cabeça dizer anteriormente em público, no parlamento ou fora dele: que os portugueses consomem medicamentos a mais e que aquilo em que ele se opõe à política do governo é somente o facto de este retirar aos mais humilhados e oprimidos a possibilidade de tomarem aqueles de que necessitam.

Gostaria de haver anotado tudo aquilo que, de há dois meses para cá, fui apanhando da boca de políticos e jornalistas deste país, que dão bem a medida dos “políticos” e “jornalistas” que dominam o “país”. Não tive tempo para isso e muito menos para o deixar aqui registado.

Mas ontem, quando os órgãos de “comunicação” amplificaram o babujar de Mário Soares que, qual malandro sul-americano ou padrinho mafiento, sugere, por acção de interposto povo indignado, a eventualidade de uma futura-próxima ameaça à integridade física do primeiro-ministro, julgo que não restam a ninguém quaisquer dúvidas sobre a natureza e a qualidade dos vermes que refocilam na lixeira que criaram e que se dispõem a proteger o seu habitat contra qualquer tentativa de alterar o ambiente que lhes serve e os serve.

E que, afinal, não preciso de dizer mais.

1 comentário:

Anónimo disse...

Soares, mais despejado e cínico que senil, é no dizer de muitos um verdadeiro díscolo. Leiam o livro de Rui Mateus, que o desmascarou liminarmente e depois não terão quaisquer dúvidas de que o velhorro é capaz de tudo. Uma jóia...socialista!

Meira Godinho