terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Da indignada solidariedade


(imagem obtida aqui)

Muito mais do que curioso, é significativo até à náusea o facto de toda esta gente se "manifestar" contra o videirinho ministro Relvas, mas NINGUÉM se haver manifestado contra a imoralidade de "estudantes" terem entrado, desde há uns cinco anos, nas universidades públicas com médias propulsionadas ao escalão dos 18 e 19 pelas "oportunidades" socráticas. Médias que constituíram verdadeiras burlas legalizadas e que permitiram a quem não tinha nem saber real superior (frequentemente, nem sequer igual) ao nível do 9º Ano nem qualquer currículo ou experiência justificativa, usurpar o lugar que seria, de direito, de verdadeiros estudantes, cujas médias ficaram, por isso, a uma e mesmo a meia décima de lhes permitir o ingresso na faculdade ou no curso que pretendiam.

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Repito: não me lembro de NINGUÉM se manifestar contra a burla ou sequer fazer ouvir por todo o lado a sua solidariedade com aqueles que ficaram com as suas vidas adiadas por, pelo menos, um ano  - porque, no ano seguinte, voltariam a ter a concorrência deste surto inédito de genialidade. Ou que foram obrigados a frequentar estabelecimentos de ensino, públicos ou privados, a distâncias muito superiores, arcando por isso com despesas enormemente acrescidas. Ou que, por esse motivo, desistiram.

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Pois é. À solidariedade académica com o copianço, à incompetência generalizada, ao estatuto dado pela ignorância vestida de canudo para subir na vida, pisca-se-lhes o olho, cúmplice. Desde que se seja "da cor" e "da corda", é claro. A "rapaziada" e o "bom povo" que a esquerda defende e pelos quais é constituída, gente "felizmente ainda viva", é mesmo assim: hipócrita até à medula e burra como o Big-Bang os fez.

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