terça-feira, 29 de maio de 2012

Da relva que muitos querem que a gente coma


Encontrei aqui há pouco este comentário, o qual, por me identificar com o que nele é dito (embora as coisas vão ainda bastante mais fundo), transcrevo integralmente:

A sra. qualquer-coisa do Público, pessoa de suspeitas ligações a uma facção política, meteu-se na guerra de poderes entre a Impresa, do inefável dr. Balsemão, e a Ongoing, onde milita o arrogante dr. José Eduardo Moniz. Talvez porque a sua facção se tenha alinhado com uma das partes.

O dr. Relvas, entretanto, tem meio país à perna: o pessoal da RTP, por cuja reforma é responsável; as autarquias, que  querem mais dinheiro (e cala-te boca); a parte ressabiada das velharias do PSD; e até o dr. Daniel Oliveira que afirma que o dr. Relvas manda nos jornais todos, embora todos os dias todos os jornais lhe malhem.

Eu diria, como, noutro dia, o Herman que os portugueses não gostam de quem aparece muito e como o dr. Relvas está constantemente a aparecer... E meio país detesta que ele apareça, porque considera o homem como a sua desgraça. Ele bem que se fartou de dizer que não ao dr. Passos Coelho, que não queria ir para o governo, mas o outro insistiu e ele, a esta hora, já deve estar assim para o arrependido, mas também sabe que se se demitir dá assim uma espécie de ximbalau no primeiro-ministro, por isso...

Eu não tenho opinião formada sobre a qualidade política do dr. Relvas, acho que, até agora, não lhe vi nada de especialmente digno de registo, embora o ouça falar das ideias que tem sobre o que já fez ou tenciona fazer. Umas são interessantes, outras nem por isso, de outras não partilho. Mas enfim, tem ideias, o que já não é nada mau. Coisa de que os portugueses, em geral, também não gostam. Tenha-se em conta a popular expressão "não te ponhas p'raí com ideias...!".

Há só uma coisa que eu achei piada no dr. Relvas: foi ter posto de imediato à disposição o material escrito trocado entre ele a jornalista, enviando-o mesmo ele próprio, exigido o inquérito e deslocar-se pessoalmente à ERC para testemunhar. Pode ser só fachada, mas procedeu como qualquer político de um país democrático à séria faria. Não foi como o outro, o dr. Ricardo Rodrigues, que roubou o gravador ao jornalista e continua impávido na AR e com a compreensão publicamente expressa do patriarca da II República, o venerando dr. Soares.

Não tenho, pelo que ficou atrás, nada a dizer sobre este  caso, nem a favor nem contra. Mas uma coisa é certa: não sou suficientemente ingénuo para tratar de um episódio de guerra entre empresas, asquerosamente disfarçada de problema de liberdade de imprensa, como ambas as empresas e os seus apoios políticos querem que ele seja para melhor disfarçarem os seus interesses de que todos seremos vítimas. Lixado, ainda vá, que remédio!; papalvo, não!

2 comentários:

Anónimo disse...

A meu ver toda esta novela é tentativa de porem mais uma faca aos peitos do Passos. Os moicanos comó Xico e o Armánio fartam-se de esvurmar. Fico muuuiiito desconfiado.E falam em liberdade de expressão e abuso de poder. E espremida, a titarada dá água chilra. Querem defenestrar o Relvas por simples truque "revolucionário". São habilidosos, os moicanos.

Puto de Oeiras

DL disse...

O Daniel Oliveira pode ser tudo, mas dr. é que ele não é.