Nicolau Saião, Portalegre e tudo à volta
Não o conheci pessoalmente, os nossos caminhos nunca se cruzaram. Mas
cruzaram-se doutro modo, que a vida tem destas coisas.
Conhecia-lhe a apreciava-lhe a música, em primeiro lugar. Depois, por
intermédio directo dum filho meu, o confrade triplóvico Gaspar Garção que por
razões da sua profissão com ele contactara e conversara várias vezes no
decorrer de deslocações suas a Portalegre para actuar no Centro de
Artes e Espectáculos portalegrense onde o Gaspar ganha o seu pão como pivot e
relações públicas.
O meu filho
certificara-mo como pessoa de fino trato, de simplicidade cordial e de
aprazível sensibilidade.
Nicolau Saião, A música
Soube, como o soube o
País - através da TV e rádio - da sua morte inesperada devido a uma
queda de uma ribanceira da orla marinha quando se entregava a um dos seus
encantos: a fotografia, que nos últimos tempos cultivava com talento e empenho.
Essa notícia consternou-me e, mais, provocou-me uma estupefacção que
me fez vir à memória a frase célebre de Camus aprésRilke: "Cada
ser transporta em si a sua espécie própria de morte".
Estes 3 desenhos, que endosso à sua memória, são a forma que tenho
de o celebrar com entendível amargura.
Nicolau Saião, Nostalgia
Sem comentários:
Enviar um comentário