sábado, 19 de maio de 2012

O economista e o beijo



João César das Neves, jornal Destak, 17-05-2012:

A lei do beijo

Problema sério nas relações sociais é o número de beijos em encontros amigáveis. Felizmente não é habitual por cá que os homens se beijem, como na Rússia e Arábia. Isso reduz o problema a contactos entre mulheres e mistos mas, mesmo assim, é bastante vasto. Optar por um beijo implica a probabilidade de a outra pessoa ficar com a cara à banda, à espera do segundo. A alternativa arrisca a nossa cara a sair em falso. O mal está na falta de doutrina estabelecida.

Cada alternativa, um ou dois beijos, tem os seus defensores convictos, mas a maior parte da população é agnóstica no assunto. Tentou-se uma explicação social, teorizando que as classes altas se limitam a um beijo e o povo prefere os dois, mas a tese tem falhas. Por isso existe tanta confusão e hesitação quando as pessoas se encontram. Pior, só decidir a ordem de passagem diante de uma porta aberta.

Este é um campo em que é urgente que o Estado legisle. O Governo deveria fazer uma lei do beijo (e também da porta), determinando com clareza os ósculos a dar em encontros ocasionais e punindo severamente os violadores.

Alguns podem achar isto uma intromissão inaceitável do poder público na vida privada. Mas o Estado já se mete em tudo e mais alguma coisa, do bolo-rei à colher de pau, bofetadas parentais, aborto, locais de fumo. Porque não os beijos? Grave problema administrativo impede a legislação: decidir o departamento responsável. Uma sugestão válida é o Ministério da Agricultura. Afinal beijar é tão agrícola quanto a saúde e segurança alimentar, temas da nova taxa.

5 comentários:

Anónimo disse...

césar das neves? o papa hóstias? o economista do cavaco e do DN? que sabe esse gajo de beijos?...
n'ãããã...

ateu

José Gonsalo disse...

ateu:

o ateísmo é como qualquer outra coisa: em excesso prejudica a saúde e obnubila a visão das coisas. o que é que tem a hóstia a ver com a beijoquice social de que o homem fala, santinho? inaceitável é a lata da lesma venenosa do Daniel Oliveira em falar do que o Passos Coelho fez na vida, quando da dele próprio não se conhece mais do que anda a dizer sobre o que os outros deveriam ter dito ou feito. e não me parece que o faça a menor custo que o outro. nem fora das empresas onde trabalham os seus amigos, tal como acusa o outro.

Anónimo disse...

o que é que tem a hóstia a ver com a beijoquice social de que o homem fala, santinho?

1º - santinho? Q'é lá isso?
depois - O que tem? O que tem mesmo?... Ah! tá bem... pois é. Como poderia dizer a d. Natália Correia (poetisa da praça nossa) um papa hóstias não passa de um papa hóstias que nem beijar saberá. Nunca saberá.
O sr. césar é um asco.
O sr. césar é um à toa que nem sequer percebeu que o seu amigo Cavaco assinou o papelucho do casamento gay por conveniência das finanças nacionais...
O sr. césar só saberá beijar o anel papal ou do bispo da terra dele. Ou as faces algarvias da Maria Cavaca.
O sr. césar sabe lá do que fala... acreditai, senhores, que esse gajo de beijos não sabe, nem jamais saberá. Como não saberá o que é uma cama prazenteira. O gajo não existe!...
Mais, se o sr. mestre Almada fosse vivo faria um manifesto anti césar e esquecia o dantas porque o césar é do pior... muito pior que qualquer dantas. Pois e precisamente.
O resto da resposta... não sei, não percebo. O cu e as calças nada têm a ver. Pois não. Ou sim?

ateu

José Gonsalo disse...

Ateu:

Santinho, porque aquilo não é um comentário, é um espirro de nariz irritado. Um comentário seria qualquer coisa como: "O Neves tem ou não tem razão porque...". E o que meu amigo ateu faz é uma declaração em como tem uma alergia ao homem em forma de espirro. Por isso, santinho! Podia ao menos ter dito obrigado, caramba!
Quanto ao resto da minha resposta, devo dizer-lhe que gosto de comparar oliveiras com coelhos, pronto! Especialmente porque este Coelho ainda andou no meio do Doce, pelo menos pelos meandros da Fátima Padinha, sempre foi um gajo da corda, ao passo que o Oliveira é assim um gajo a cheirar a merceeiro intelectual, gorduroso, a querer fazer-se passar por azeite puro. E, não sei se já reparou, os bons políticos têm sido os gajos com hábitos comuns,nem bons nem maus antes pelo contrário. Olhe o bêbado e charuteiro do Churchill, foi ele que nos safou do puro do Hitler e do puro do Mussolini e, tal como o Coelho luso, só prometeu sangue, suor e lágrimas. Livrou a Europa da pureza nazi-fascista e, provavelmente, o mundo; mas foi logo derrotado nas eleições seguintes, porque o povão não
gostou de passar pela verdade. O mesmo vai acontecer ao Coelho e os Oliveiras, Salazares e outros, continuarão a esclarecer os campos latifundiários com a brilhante luz da lâmpada do seu raciocínio, e a vender gato por coelho à caçadora.

Anónimo disse...

Santinho, porque aquilo não é um comentário, é um espirro de nariz irritado. Um comentário seria qualquer coisa como: "O Neves tem ou não tem razão porque..."

Ai é? Então… Tanks. Está bem. O resto, daria para espraiar a incompreensão filosófica mas… não. Decididamente. Caso contrário ainda chamam a este comentador algo mais incompreensível que gajo de nariz a modos que irritado.
E… com irritação. Mera irritação.
Mas pronto. O césar é neves, o césar é joão e - eventualmente coelho - ou lá o que queiram chamar com azeite virgem.
Já vejo a luz ao fundo do túnel…:
O coelho vai à vida;
o oliveira já foi, há muito;
o de castelo branco está a filosofar;
e… vocês ablogando.
percebido. Merci.
Pr'ó ano há mais.

Porque, incompreensivelmente: "sempre foi um gajo da corda, ao passo que o Oliveira é assim um gajo a cheirar a merceeiro intelectual, gorduroso, a querer fazer-se passar por azeite puro."
Ou será que a referência calça, como luva, o confrade e mestre do césar?… O que não é do azeite mas da gasolina ou da alfarroba?…
com tantos labirintos linguísticos, ainda nos perdemos. Os dois.

Até que o deus do césar queira e me venha a apetecer.

ateu - sempre