sexta-feira, 12 de outubro de 2012

ISTO O MUNDO ANDA TODO MALUCO!



(imagem recolhida aqui)


  Dizem dizem e se calhar é verdade. Um gajo até já nem sabe o que é que há-de pensar. Fica-se meio azabumbado... como se andassem a gozar co'a malta, carago!

  Então não é que ontem me chegaram notícias que me deixam assim... meio camoesas? Um bocado encabulado, não sei se me entendem. O facto é que um marmelo me mandou a provado delito, como diria um qualquer chefe duma qualquer força policiesca, e então é assim: um exemplar em A4 dactilografado cá pelo mangas do meu Residência Fixa (que arrola o Fábrica Nocturna e o Poemas Breves), com a capa, ilustrada, também por mim feitinha manualmente e com prefácio do Mário Cesariny, está a atingir   alfarrabística e interactivamente o preço de venda de 500 Eur!


(imagem recolhida aqui)

   Mas há mais… Artistas do caneco!

   De França (uma terra de incréus e de valdevinos!) escrevem-me a contar que a tapeçaria executada por Noelle Reynaud sobre o meu cartão


África

atingiu no leilão da Galerie du Parc o montante de 38 mil Eur e houve um palerma que o adquiriu! (Enganámo-lo bem, o frascário...).

  Para tornar o caso ainda pior, o que mostra que não é só o ministro Gaspar que anda meio-choné com as Phinanças, os exemplares de que anos atrás, para me divertir e depois de ter empolgado uns uísques, fiz as capas (exemplares únicos),ou sejam


O violino do Diabo

de Peres Escrich; o


Nero

de Augusto Bailly; e o


Abdul Hamid, o sultão vermelho

de Alma Wittlin, tinham sido comprados por um bisnau qualquer por, respectivamente, 460, 350 e 320 Eur...

  Foram decerto burgueses de letras grossas os desastrados compradores. Ah caraças, que é um gosto aldrubiar assim a burguesada...!

  ...E também, rai's me partam, infirmar um político relativamente bastante conhecido, meu comparsa alentejano nos tempos post-25 de Abril em que andei na militância da época, que para me xingar tempos atrás me dizia com um ricto honesto no trombil: "Ainda andas nisso das pinturas e escritas? Mas olha ó pá, olha qu'isso não dá dinheiro...!".

   Sim. Não dará tanto como um bancozito, uma asessoriazita. Mas sempre vai dando algum, cafolhos me radem!


(imagem recolhida aqui)

3 comentários:

alf disse...

parabéns.. pelo texto e pelo feito!

Anónimo disse...

Merci, le gars! Et je te salue bien, alf, avec une accollade fort'amicale!

n.

Joaquim Simões disse...

Recordo demasiadas vezes a frase do Vergílio Ferreira: "Portugal é um país de analfabetos, alguns dos quais sabem ler."
Quanto à "esmagadora maioria" dos políticos portugueses, parece-me que para saberem ler só lhe falta falar.