domingo, 10 de junho de 2012

Nuclear: comichões avulso

Cada época tem os seus medos de estimação. Tempos houve em que gatos foram queimados por gerarem, supõe-se hoje, na pelagem, electricidade estática. Seriam, ao que parece, toupeiras de bruxa.

Um dos medos de estimação de hoje é o do "nuclear". Fala-se em nuclear e a conversa descampa logo para olhos luminescentes.

Há tempos um artigo alertava para mais uma variante do habitual disparate. Hoje, encontrei um vídeo interessante sobre a procura de isótopos radioactivos:


No final do vídeo uma simples rocha exibe mais do dobro (precisamente 218.5 microSieverts) do valor que, na central de Fukushima, tanta comichão recentemente provocou e continua a provocar. Entretanto, há que apreciar o comedor de óxido de urânio. O vídeo é longo mas vale a pena.

Entretanto, quando voltar à praia, pense nisto. Quem estiver 4 horas por dia naquela praia receberá, ao fim de 1 ano, 4 vezes a máxima dose de radiação permitida a quem trabalhar numa central nuclear durante o mesmo período.

2 comentários:

Joaquim Simões disse...

Pois... Há coisas que poucos sabem porque a uns quantos não interessa lembrá-lo a todos.

Anónimo disse...

É pedagógico que se fale nisto, esclarecedoramente. Para contrabalançar as mentiras soezes dos jerónimos, louçãs, boaventuras, arménios, rosas e outra "tropa" politicamente correcta. Como dizia Churchill, "é possível enganar toda a gente durante algum tempo, enganar alguma gente durante todo o tempo, mas é impossível enganar toda a gente durante todo o tempo".
E o esclarecimento das consciencias concorre para isso, excepto em relação aos pervertidos e cínicos, ou bastaria dizer militantões, que esses nada querem saber excepto quem é o novo mandão para lhe lamberem eficazmente as botifarras.

Elmano Sardinha