Por vezes um tipo tem mesmo de se assustar.
De ficar com os olhos não digo em bico mas redondos como berlindões
esbugalhados. E o caso não é para menos…
Pois não é que estávamos todos mais ou menos
postos em sossego, apesar de tristes (snif)
devido à morte do nosso querido líder Chávez, filado por um simples e honesto
cancro – e de repente, como nos filmes do Hitchcock, ficamos todos a saber que,
segundo revelou o camarada Maduro (este nome vale um soneto!) o comandante fora
catrafilado sim por um truque minaz dos americanos que (de acordo com o mesmo
maduro, vai ser provado por cientistas mundiais requisitados para o efeito) lho
cravaram no pelo à má fila?
Um homem não é de pau, c’um raio, esta
marotice faz-nos ficar de unhas encravadas! Que é como quem diz. Trocado por
miúdos: a malta do Tio Sam tem para estas maldades tecnologia que só visto.
Mas antes de termos tempo de respirar
profundamente, devido à surpresa estralejante, o mesmo nosso maduro revelou
outra, se não tão bicuda pelo menos mais excitante dum ponto de vista
conceptual: o oposicionista Cabrilles, que anda lá a chatear os bolivarianos
com a mania das democracias não-populares e populistas, afinal… é panasca. Ou,
por outras palavras, homossexual, como o excelente Maduro disse educadamente ao
dirigir-se à população daquele “fim-do-mundo” sul-americano (para citarmos a
expressão já histórica do bom Papa Francisco).
Ele há coisas levadas do diabo, passe a
expressão. E até ao lavar dos cestos (ou seja, até ao fim das eleições, em que
o Maduro se verá posto em figura verdadeiramente presidencial, carago, ainda
que não embalsamado) de certezinha que outras revelações bombásticas, de maior
ou menor fino recorte, serão dadas ao Povo, para ir tirando a fotografia aos
malandrecos dos não chavistas ou maduristas (não partidários das madurezas, se
assim me posso exprimir).
É só, creio eu, darmos tempo ao tempo…
2 comentários:
Qs qs qs qs qs qs!
Isabel
Em certos círculos consta que andou ali a mãozinha do Barbas, ciumento da popularidade do antigo discípulo que ultrapassou o mestre. Noutros, pelo contrário, propala-se que foi o Destino, para que se pudesse depois criar uma nova religião proletária em torno do Embalsamado. Fosga-se!
Rupert
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