sexta-feira, 8 de março de 2013

CHAVEIRO


"Morte de Chávez enche de tristeza todos os latino-americanos, diz Dilma". Sim. Snif.

"Chávez quedará en el Corazón del Pueblo Latinoamericano!". Mas isso não pode dar em uma grave trombose?

Chavez era "amigo e companheiro" de Kadaf, Ahmadinejad, Kim Jong Il... Ele tinha mesmo a chave para a vanguarda da modernidade.

Por que as pessoas choram quando morrem líderes como Chávez? Porque o messianismo serve para intensificar sua imaturidade política.

Triste do país que precisa de herois, disse Brecht. Mais triste, apenas os que precisam de "herois" como Chavez.

Hugo Chavez era, creiam, o principal líder do "socialismo do século XXI". Não consigo imaginar nada mais moderno que El Comandante.

No fim, há sem dúvida algo de bom a dizer sobre Hugo Chavez: ele era mortal.

Hugo Chavez, agora presidente invitalício.

A Venezuela era rica em petróleo e em histrionice política. Pelo menos, continua rica em petróleo.

Os idiotas também morrem.

O sucessor de Chavez se chama Maduro. Já sua herença político-econômica está mais para podre mesmo.

Hugo Chavez morreu, mas juro que não fui eu.

Chavez está morto! Viva o chavismo! (Pobre Venezuela...).

Não faltarão estátuas bregas e milagres populares atribuídos ao Grande Comandante Bolivariano, ou coisa parecida.

Chavez fez um grande favor aos seus adoradores ao morrer: de caudilho histriônico passa a mártir heroico del pueblo.

A notícia da morte de Chavez é como a da renúncia de Bento XVI: muito barulho por nada.

O caudilhismo "bolivariano" é a doença senil do tardoesquerdismo. E, parece, fatal.

O caudilho histriônico venezuelano como herói de ocasião da tardoesquerda diz tudo sobre o ponto a que chegou a esquerdofrenia.

Hugo Chavez deixa uma Venezuela mais caótica economicamente, mais polarizada socialmente e menos democrática politicamente. Grande estadista.

A morte de Hugo Chavez, infelizmente, não significará a morte do neotardocaudilhismo latrino-americano. Portanto, nada há a comemorar.

Hugo Chávez rima com já vai tarde.

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