Quem,
nos Estados Unidos da América, lamentou a morte de Hugo Chávez? Quais foram as
individualidades e as instituições norte-americanas com um mínimo de
notoriedade pública que elogiaram, que enalteceram as «qualidades» de um
quase-ditador que regularmente insultava… os EUA (e não só George W. Bush), que
quase destruiu a democracia na Venezuela principalmente pelas restrições à
oposição e à comunicação social, que se tornou amigo dos maiores facínoras do
Mundo como os «ai-a-tolas» do Irão – que até decretaram um dia de luto oficial
por ele – e os irmãos Castro de Cuba (e de facínoras menores como o
«só-cretino» português), que alegadamente terá enriquecido escandalosamente
enquanto a maioria dos seus compatriotas empobrecia num país cada vez mais violento?
Quem
teve palavras simpáticas para com ele? Bem… os «progressistas», «liberais»…democratas do costume. Todos apoiantes e votantes, mais ou menos declarados, de
Barack Obama. Entre outros, e previsivelmente, Michael Moore, Sean Penn e
Oliver Stone, que perderam um «amigo» que «viverá para sempre na História» (só
se for por maus motivos…). No New York Times, sem surpresa, foram vários os que homenagearam aquele que supostamente «deu poder e energia a milhões de pobres».
Do Washington Post, Eugene Robinson falou
do «rápido, popular» e engraçado Hugo. Na The Nation, Greg Gardin, professor da
Universidade de Nova Iorque, queixou-se de que Chávez «não era suficientemente autoritário». A ABC e a NBC desmultiplicaram-se em peças apologéticas e apoplécticas.
Houve quem perguntasse, e com razão, se o HP (Huffington Post) se havia tornado uma «página dos fãs» de HC. Tantos outros exemplos houve de uma «imperialista»
imprensa impressionada e impressionável com a morte do seu «ídolo» que até na ThinkProgress, covil dos «controladeiros» e censores ao serviço de George Soros,
se viram obrigados a (tentar) refrear um pouco os ímpetos…
…
O que poucos resultados deve ter tido, porque em São Francisco – where else? –
se organizou uma vigília à luz das velas em memória de Hugo Chávez, de que um
dos lemas foi «precisamos de uma revolução aqui!» Essa «revolução», lembre-se,
foi tentada através do chamado movimento «Occupy» (Wall Street e outros locais), de que o coronel de Caracas/do caraças foi um dos «santos padroeiros». E, agora
que está morto, Hugo vai ter uma utilização condizente com a de um grande
«herói socialista/comunista/leninista»: mumificado e em exposição permanente! O
que talvez beneficie o turismo venezuelano… Nesse sentido, os representantes
democratas Jose Serrano – que desejou a Chávez «descanse em paz» - e Gregory Meeks
– que se sentiu «honrado» por representar os EUA no funeral daquele – bem que
se podem tornar visitas regulares daquela nação sul-americana, para se prostrarem
(protegendo as próstatas) junto ao túmulo do fala-barato que «não se calava». Mas no dia 5 de Março calou-se. Finalmente.
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