segunda-feira, 18 de março de 2013

O estado tem de encolher

Comentário que deixei no FaceBook de Ramiro Marques:

RM:

"A crise da dívida pode levar décadas a ultrapassar. No caso português,o problema é tão grave que podemos ter de nos sujeitar a 15 anos de recessão e taxas de desemprego de dois dígitos. É bom que as pessoas tomem consciência da gravidade do problema e não apoiem "soluções" semelhantes às que nos conduziram à bancarrota. A questão é simples: o Estado andou uma década a gastar mais 10% ao ano do que o volume das receitas. Agora, o Estado precisa de voltar a gastar na proporção das receitas. Tem de encolher. E encolher significa prestar menos serviços e reduzir o número dos funcionários."

Por enquanto e porque estamos e emergência. Depois, há que dar uma cajadada na despesa do estado para permitir que os impostos venham abaixo. Só desta forma se poderá potenciar o crescimento e só então, começar um híbrido de pagamento de dívida e subida do PIB para que o pagamento dos juros não tenha tanto peso.

Que os portugueses não se voltem a esquecer que de cada vez que o estado "dá" vai sair-lhes do bolso. De cada vez que o estado "dinamiza" vai sair-lhes do bolso.

A mais importante missão deste ou qualquer outro governo consiste em fazer encolher o estado, a bem ou a mal. Os promitentes trabalhadores da coisa pública (e muitos dos actuais) terão que se capacitar que terão que encontrar (ou ficar à espera comendo couves) que empresas privadas surjam no sector de bens transaccionáveis para que o futuro possa fica mais desanuviado.

O que digo é coisa bruta que nem casas? Pois é. É assim desde há 10 anos e deviam ter-me ouvido há mais tempo.

E qual é o papel da "europa" nesta coisa? Neste momento é um estorvo e tudo indica que não vai melhorar. Bruxelas continua em roda livre fora de qualquer controlo democrático e o parlamento europeu parece uma horda de cachopos.

1 comentário:

Anónimo disse...

O problema do "caso Estado" é bem simples: quem controla o Estado são os aparatchikis políticos. Que, mediante o Estado, fizeram o mal e agora fazem a caramunha PARA SEU PRIVILÉGIO E SEUS INTERESSES. E agora, que se chegou a um ponto limite, que a castanha estala na boca, tentam passar a ideia de que nos povo é que temos a culpa, pois acreditámos neles. Não! Eles é que através duma propaganda incessante, apoiada em violência repressiva e manipulatória quando necessitavam, nos obrigavam a crer nisso pois não se tinha outra possibilidade. Daí que não se deve emagrecer o Estado nem reforma-lo, pois ele não tem emenda. Oque é preciso é mudar de paradigma. E começar, por uma questão de moralidade mínima, retirar aos privilegiados do complot Estado as prebendas em que refocilam. O sistema dito democrático, na verdade cripto-fascista de fachada democrática (e isto é que explica as boas relações "de Estado" com criminais políticos e outros) falhou em toda a linha, como já havia falhado o sistema dito "socialista e popular" deleste, etc, mas na verdade fascista-vermelho. NÓS NÃO DEVEMOS PAGAR COM A MISÉRIA os verdadeiros crimes das elites abusadoras. FORAM ELES QUE PROCEDERAM CAVILOSAMENTE, não nós!

E o resto, deles, é puro cinismo.

Bento Lemos